Uma
reflexão sobre Teorias da Aprendizagem.
Marco
Antonio Vargas
Este
trabalho discute três
concepções sobre a aquisição do conhecimento, quais sejam:
Inatismo
– sustenta que as pessoas possuem aptidões inatas a cada
indivíduo, que segundo Platão (427 – 347 a.C.), o conhecimento
precisa ser organizado, cabendo ao professor auxiliar os alunos ao
acesso a estas informações.
Empirismo
– para os empiristas, o conhecimento é absorvido pelos sentidos. O
professor detém o saber. Aprende-se copiando e memorizando-se
Aristóteles (384 – 322 a.C.).
Construtivismo
– Segundo J. Piaget (1896 – 1980), o conhecimento “se constrói”
na interação do sujeito com o meio em que ele vive, cuja apreensão
é facilitada pelo professor.
Teorias
de aprendizagem mais discutidas1.
Aprendizagem
Genético-Cognitiva (J. Piaget, 1896 - 1980)
A
aprendizagem constrói-se em processos de troca – interacionismo.
Ação do sujeito sobre o objeto na busca do conhecimento. Diz que as
estruturas cognitivas, que regulam a influência do meio, são
resultados de processos genéticos e que o fator de menor peso é a
interação social, desta forma entendemos que Piaget privilegia a
maturação biológica, isto é, os fatores internos preponderam
sobre os externos. Os processos de ensino pelo professor devem
orientar-se pela psicologia.
No
construtivismo o professor, aproveita a individualidade de cada
aluno, para o enriquecimento do grupo, criando condições à
desafiar os alunos, para que a aprendizagem ocorra.
Aprendizagem
Genético-Dialética (Vygstky, 1896 - 1934)
A
aprendizagem pode ser resultado do intercâmbio entre a informação
genética e o contato com o meio histórico-social, segundo esta
corrente epistemológica. Os conceitos são formados por relações
entre pensamento e linguagem. O acesso aos objetos pelo homem é
mediado, operados por sistemas simbólicos de que dispõe. A
interação social e o linguístico são decisivos para o
desenvolvimento e para Vygotsky, é na apropriação de habilidades e
conhecimentos socialmente disponíveis (cultura), que as funções
psicológicas são construídas. Para este epistemólogo, o ambiente
social em que a criança nasceu pode determinar o desenvolvimento
deste indivíduo. A potencialidade para aprender não é a mesma para
todas as pessoas.
Quanto
as relações professor-aluno para Vygotsky2,
a interação social e a mediação é o principal do processo
educativo, pois estes dois elementos estariam intimamente ligados ao
processo de constituição e desenvolvimento dos alunos, pois a
partir das interações o indivíduo poderá agir e intervir no
mundo.
Aprendizagem
Genético-Dialética Francesa (Wallon)
Segundo
Henri Wallon (1879 - 1962), o pensamento infantil tem características
particulares, diferentes das dos adultos. Toda a atividade cognitiva
esta relacionada com afetividade, que impulsionam a atividade, por
ser o primeiro domínio funcional percorrido pela criança3.
Para
Wallon, a afetividade é imprescindível para a aprendizagem, isto é,
o professor deve se preocupar com seus alunos, ou seja, entende-los
como indivíduos autônomos na busca de sua identidade.
Aprendizagem
Significativa (Ausubel, 1918 - 2008)
Aprendizagem
significativa segundo seus principais autores, não ocorre através
da repetição, da memorização e/ou através de processos
mecânicos, mas por uma sequência lógica, através de conteúdos
compreensíveis desde a estrutura cognitiva.
Esta
teoria enfatiza que os conteúdos devem ser significativos para o
aluno, pois este conhecendo o porquê do que aprende e sabendo
utilizá-lo, possibilita vínculos entre as novas aprendizagens e as
já possuídas, desde que este aluno esteja propenso à aprendizagem.
Na
aprendizagem significativa, o professor deve disponibilizar várias
informações possíveis, para que o aluno tenha condições de tomar
decisões na resolução de problemas.
Das
leituras realizadas podemos deduzir que nem todos os pesquisadores
estudados, detém a primazia, quando o assunto é o processo da
aprendizagem, sendo assim, para nossa prática escolar podemos
filtrar destes estudos, formas e maneiras de como adequá-las ao
nosso cotidiano.
Mas,
entendemos que a Teoria Genético-Dialética e a Teoria da
Aprendizagem Significativa, podem auxiliar na qualificação da
prática pedagógica de professores, visto a primeira ser dialética
e a segunda trabalhar com o pressuposto de que quando os conteúdos
estão associados ao cotidiano do aluno, este poderá ter um melhor
aproveitamento escolar, pois lhe é oportunizado fazer relações com
seu dia a dia. Neste sentido podemos estar pecando na similaridade
destas duas propostas pedagógicas. Ainda assim defendemos estas duas
teorias, não abandonando nem esquecendo outras, pois empiricamente
os estudantes, discutem mais quando os conteúdos escolares podem ser
relacionados com seus fazeres diários.
Concluindo,
observamos que ainda nos sistemas de ensino atuais predomina o
processo da repetição de conteúdos com vistas à sua memorização
por parte dos educandos, quando ainda o professor utiliza
prioritariamente o quadro-de-giz; orienta os alunos a fazerem
exercícios com posterior verificação de conhecimento quando da
correção de atividades: observando-se que em pouco tempo os alunos
esquecem o supostamente aprendido. Por outro viés, ou seja o dá
prática contextualizada, pode-se provar que o estudante interioriza
melhor os assuntos abordados em sala de aula, quando esses são
associados à empreitadas e acontecimentos da comunidade em que vive.
BIBLIOGRAFIA
REVISTA
NOVA ESCOLA. Disponível em:
http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/teorias-aprendizagem-608069.shtml.
Acesso em 17 Mar 14.
50
QUESTÕES BÁSICAS SOBRE CONSTRUTIVISMO. Disponível em:
http://www.ufpa.br/eduquim/construtquestoes.htm.
Acesso em 17 mar 14.
1http://w3.ufsm.br/ciclus/images/Teorias.pdf
2http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1534-8.pdf
3http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/27-2.pdf
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