sábado, 7 de junho de 2014

O comportamentalismo ou behaviorismo

Marco Vargas

     De influência empirista, os comportamentalistas asseguravam que a mente humana seria uma “tabula rasa”, que todo o conhecimento advinha dos sentidos, que nada precisava ser aprendido. O comportamento seria uma resposta do organismo a algo exterior, assim, aspectos ligados ao meio interior, emoções, vida afetiva não eram consideradas.
     Ivan P. Pavlov (1849-1936), foi o precursor do chamado comportamentalismo clássico, tornou-se conhecido por pesquisar o reflexo condicionado, por analisar as reações humanas dentro do padrão estímulo-resposta, pois segundo ele as reações deveriam ser explicadas por fenômenos fisiológicos. Como por exemplo, que a salivação, e outros chamados reflexos involuntários, poderiam ser controlados por estímulos externos.
    John B. Watson (1878-1958), criador do termo comportamentalismo ou behaviorismo, teorizava, que o indivíduo seria totalmente moldável pelas influências externas. Esta sua teoria foi reconhecida como behaviorismo Metodológico. Defendia, que os métodos de pesquisa aplicados a animais, poderiam ser aplicados aos seres humanos.
   O Behaviorismo Radical, de B. F. Skinner, defendia à requisição e à retenção de respostas instrumentais e a eliminação de respostas indesejadas. Introduziu também, o que ele chamava de eventos privados, ou seja, passou a considerar os fenômenos não diretamente observáveis. Apregoava também, que seria possível entender, do porque às pessoas mostravam-se tristes, depressivas, etc, mas era contrário ao subjetivismo, como causa de comportamentos visíveis. Para Skinner, somos resultado das trocas que fazemos com o ambiente, e as respostas do comportamento humano, estariam relacionadas a vários fatores ambientais, tendo como consequência as atividades do indivíduo sobre o próprio sujeito e sobre seu meio.
     Segundo a autora, nós enquanto seres humanos temos a capacidade de “assimilar estímulos”, que não relacionam-se com o comportamento, mas que podemos responder como se existisse relação entre estímulos e comportamento. Mas se relacionarmos essa teoria, com a educação familiar e/ou escolar, poderemos aumentar os aconselhamentos, discursos moralistas, para que os indivíduos apresentem determinado comportamento. Segundo essa teoria, todos os comportamentos que almejamos, deveriam ser reforçados nos outros. Mas que normalmente nas escolas, os professores fazem ao contrário, isto é, quando desvia sua atenção para aquelas atitudes dos alunos ditas não-aconselhá-veis, quando poderiam reforçar as atitudes daqueles alunos que se esforçam, ou sejam que apresentam comportamento desejável.
     Skinner, transportou de suas elaborações para o ensino, alguns fundamentos comportamentais, isto é, ações, métodos, técnicas e instrumentos, que teriam uma finalidade maior, ou seja, programar o ensino de qualquer disciplina, pois através dessa proposta comportamentalista, seria possível formar pessoas, ordeiras, honestas e cumpridoras de suas obrigações, assim deviam os educadores tecnicistas, preocuparem-se em orientar de que forma e maneiras os objetivos da disciplina seriam atingidos, é o que se conhece por saber fazer: o tecnicismo.
   Quanto à aprendizagem para os comportamentalistas, essa seria uma modificação do comportamento, instalada e mantida por condicionamentos e reforços através de elogios, notas, prêmios, e de reconhecimento pelo suposto aprendizado por seus pares e pelo que denominamos de comunidade escolar. Esse processo estaria à cargo do professor, que iria executar um reforço; mas sendo que nesse processo, cujos participantes seriam professor e aluno, esses seriam controlados por especialistas, ou seja, aqueles que definiram o fazer de educadores e estudantes.
     Para que os objetivos fossem alcançados, o trabalho poderia ser individualizado, ou dependendo da disciplina, com todos os alunos de acordo com as finalidades que se propunham. Para isso o instrutor, utilizava as formas de encadeamento, modelagem, enfraquecimento ou mudança gradual do estímulo.
Para os comportamentalistas, à avaliação inicia através da pré-testagem, ocorrendo também durante o processo avaliativo, e com um final, quando seria possível conhecer se os comportamentos esperados dos alunos foram adquiridos por esses, pois através desses resultados poderia-se conhecer os dados à fim de fazerem parte da modelagem dos próximos comportamentos.
   Por essa concepção pedagógica, à comportamentalista, o homem poderia ser controlado e manipulado: como poderia ser feito com o meio. Mas ressalta-se que essa abordagem, passa por resultados experimentais, que se não programável não seria aceita, cuja ênfase esta no produto obtido, e que ainda pudesse ser transmitida por aqueles que detém decisões.

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