sexta-feira, 27 de junho de 2014

Introdução à educação digital

INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO DIGITAL1

Marco Antonio Vargas

Tecnologia no cotidiano

     Segundo Edla Ramos, as tecnologias de informação e comunicação devem ser incorporadas no cotidiano escolar, mas problematiza como isso deve acontecer.
    Argumenta a pesquisadora, que essas tecnologias podem fazer parte da preparação do sujeito para o mercado de trabalho, mas que além do fato da empregabilidade, essas tecnologias devem contribuir para uma educação para a cidadania, para um consumo consciente dos produtos da modernidade.
    Citando Hugo Assmann, orienta que não basta somente alimentar a máquina produtiva, mas que esses artefatos tecnológicos devem também preparar cidadãos à construírem uma sociedade mais solidária, corroborado por Tedesco, que atenta sobre as relações nossas com os outros, orientando à reflexões sobre a complexidade dessas relações e das consequências dessas ações na busca do bem comum.
    Como resultado de nossas reflexões: Edla Ramos, observa que a incorporação das novas tecnologias trarão consequências para além dos muros da escola, pois a exemplo da Revolução Industrial, estaria ocorrendo uma nova revolução com o advento de tecnologias de informação e comunicação no cotidiano do cidadão e no chamado mercado de trabalho, com o surgimento de novas profissões, e quanto ao desaparecimento de outras.
    Por outro lado problematiza que essas novas tecnologias, não produziram os efeitos esperados, visto ainda a sociedade ser muito desigual, apesar desses avanços, e que os problemas sociais, passariam por resoluções políticas.
   Concluímos essa síntese, observando que a professora, enfatiza a necessidade da alfabetização tecnológica para todos, depois de garantido o acesso às tecnologias de informação e comunicação, com vistas à inclusão digital do cidadão, mas que ainda esse tema, carece de mais discussão.

1http://e-proinfo.mec.gov.br/eproinfo/web/main.jsp?url=http://e-proinfo.mec.gov.br/eproinfo/interativo/acessar_espaco_sistema/acessar.htm?auth=autenticarUsuario#pos/_/http://e-proinfo.mec.gov.br/eproinfo/interativo/acessar_espaco_sistema/acessar.htm?auth=autenticarUsuario/_/end_pos/_/

domingo, 22 de junho de 2014

Gestão de mídias na educação


Plano de aula: Geometria Plana

MATEMÁTICA MÍDIAS DIGITAIS E DIDÁTICA

     Esta é uma proposta de trabalho com Geometria Plana, orientado para as séries finais do Ensino Fundamental, a ser desenvolvido na E.E.E.F. Moysés Vianna, da cidade de Santana do Livramento-RS, no qual será usado o programa digital GeoGebra; versando sobre o tema, Construções Geométricas, pois:
“É o aluno agindo, diferentemente de seu papel
passivo frente a uma apresentação formal do
conhecimento, baseada essencialmente na
transmissão ordenada de “fatos”, geralmente
ordenada de ‘fatos’, geralmente na forma de
definições e propriedades.”
http://www2.mat.ufrgs.br/edumatec/artigos
/artigos_index.php
     Esse assunto esta sendo proposto, por tratar-se de conteúdo curricular,muito pouco e/ou muitas vezes nem desenvolvido, no decorrer do processo ensino aprendizagem da matemática; e quando realizado recorre-se ao uso de instrumentos de medidas tradicionais, como: régua, compasso, transferidor e quadro de giz.
     Durante minha prática a respeito do tema “Geometria”, tenho observado que os alunos de uma maneira geral, encontram muitas dificuldades: no manuseio dos instrumentos de medidas; em efetuar cálculos simples; principalmente, quando deparam-se com medidas que resultam em números decimais e a grande maioria não domina o sistema métrico decimal, não conseguindo mensurar minimamente, os múltiplos e submúltiplos, referentes principalmente as medidas de comprimento.
     Quanto ao aspecto geométrico da aprendizagem matemática, as carências são ainda maiores, pois os estudantes, reconhecem simplesmente algumas figuras planas intuitivamente tais como: um
quadrado(que confundem com um retângulo), um triângulo, um círculo (que normalmente confundem com uma circunferência). Diante do exposto, espera-se que pelo uso do aplicativo e pelas razões acima comentadas, venha-se a dirimir, muitas dificuldades encontradas pelos alunos.
Penso em desenvolver construções geométricas, como por exemplo:
◦ construção de retas perpendiculares;
◦ Ponto médio de um segmento;
◦ Construção de um quadrado a partir de um lado;
◦ construção de retas paralelas;
◦ construção de ângulos;
◦ construção da bissetriz de um ângulo;
◦ construção dos demais ângulos, como: reto, agudo, obtuso,o.p.v., suplementares, complementares; ângulos formados por retas paralelas cortadas por uma transversal.
     Para o desenvolvimento dessas atividades, penso que o software GeoGebra, é uma excelente ferramenta; esperando aumentar o interesse dos educandos e explorando suas curiosidades, tão presentes nessa fase escolar; mas antes de tudo é necessário, uma investigação de assuntos que os alunos já conheçam ou que tenham “lembranças”, para que as tarefas propostas, tenham um bom andamento e posterior validação.

Inventando e decidindo é que os estudantes/autores
vão ativar e sustentar sua motivação. Para tanto,
precisamos respeitar e orientar a sua autonomia para:
decidir critérios de julgamento sobre relevância em
relação a determinado contexto; buscar/localizar/
selecionar/recolher informações; definir/escolher/
inventar procedimentos para testar a relevância das
informações escolhidas em relação aos problemas e
às questões formuladas; organizar e comunicar o
conhecimento construído (FAGUNDES; SATO;
LAURINO, 2006, p. 17-18).


PLANO DE ENSINO
     O Plano de Ensino vai ter como foco o ensino de Demonstrações Geométricas, nas 7a Séries do Ensino Fundamental, na E.E.E.F. Moysés Vianna, nos dias............
    O objetivo desse planejamento é orientar os alunos no sentido de que os corpos da natureza, suas relações espaciais e formas naturais já existiam antes do homem, e estavam disponíveis para a sua observação e que o caminho da história da geometria é o que deve ser percorrido, e que os levem a perceber as propriedades e analisar encaminhamentos e soluções de situações-problema, através de mídias educacionais, como no caso pelo uso do software GeoGebra.

OBJETIVOS
AÇÃO
RECURSOS DIDÁTICOS
2 h/aulas
-Desenvolver os -conceitos de:
- retas perpendiculares e
- retas paralelas
- retas concorrentes
- segmento de reta;
- ponto médio de um segmento;
- construção de um quadrado a
partir de um lado;
- construção de um triângulo
isósceles, a partir de
segmentos de retas;
Reconhecer as diferenças entre
retas; entre retas e segmentos.
- Apresentação de slides do software;
- No GeoGebra:
construir as retas; segmento de reta e ponto médio, mostrando as diferenças entre esses entes.
Construir um quadrado a partir das retas e de segmentos; mostrar também na figura o ponto médio de cada lado.
Construir um triângulo isósceles a partir de uma reta perpendicular com régua e
e compasso do GeoGebra.
Discussão.
- Quadro de giz
- Notebook
- Webcam
- Datashow e
- PC(desktop)
- Software GeoGebra
- SO Linux ou Windows
- Livro didático:
Matemática 7a Série.
Walter Spinelli e Maria Helena Souza 2001.Ed
Àtica-S Paulo.
2 h/aulas
Desenvolver os conceitos de:
- ângulos, pela construção dos
ângulos, retos, agudos, obtusos, complementares,suplementares, o.p.v., e ângulos formados por
retas paralelas cortadas por
uma transversal como:
concorrentes, alternos, colaterais.
No GeoGebra, construir os ângulos, mostrando através de seus recursos as diferenças entre esses, através das medidas dos ângulos; e no caso dos formados por retas paralelas, cortadas por transversais, as origens desses, mostrando também, que os mesmos são ,consequência, do estudo dos ângulos vistos
anteriormente.



ANEXOS










         

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Roteiro e audiocast sobre a utilização das mídias articuladas a projeto pedagógico

ATIVIDADE: Roteiro e audiocast sobre a utilização das mídias articuladas a projeto pedagógico.
CURSISTA: Marco Antonio Vargas
STORY-LINE
Segundo ALMEIDA (2008): “A aprendizagem é um processo de construção do aluno...”
Escreve a autora que o aluno é o autor de sua aprendizagem, cabendo ao professor o papel de mediador, facilitador, incentivador, etc, e que este para incorporar TIC na escola, é preciso ousar, vencer desafios e dominar as Tecnologias de Informação e Comunicação.
ARGUMENTO
Visto para que os alunos possam interpretar e dar respostas para época atual, a integração de materiais e mídias diversificadas devem instigar novas possibilidades de aprendizagem (MARTINSI).
OBJETIVOS
Discutir com os alunos, à construção de projetos, que segundo PRADO (2001), não basta o professor ter seu projeto em sala de aula, e sim que este deverá ser executado pelo aluno, cabendo ao professor viabilizar situações para que os alunos desenvolvam seus próprios trabalhos.
CLASSIFICAÇÃO
Este audiocast, destina-se à alunos do Ensino Básico que busca motivar os educandos à envolverem-e no estudo e no uso crítico de diversas mídias, que poderão contribuir para seu processo de aprendizagem.


Audiocast


ATIVIDADE: Roteiro de audiocast
TITULO: Para que serve o ensino da matemática?
CURSISTA: Marco Vargas

STORY-LINE
Segundo DUDLEY (2010): “Para que aprendamos a raciocinar, em geral por meio de problemas bobinhos”.
Escreve o autor que o ensino da matemática serve não para arrumar emprego, e sim para mostrar o caminho em direção à razão, pois é a mais gloriosa criação do intelecto humano e não prejudica ninguém.

ARGUMENTO
Visto o questionamento frequente dos estudantes, do por quê aprender matemática.

OBJETIVOS
Discutir com os alunos, que a matemática, segundo o autor, não serve para “arrumar emprego” e sim para ajudar a desenvolver o raciocínio.

CLASSIFICAÇÃO

Este audiocast, busca motivar os educandos ao estudo desta área do conhecimento.

PÚBLICO-ALVO

 Alunos do Ensino Básico.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Princípios da Gestalt e Níveis Cognitivos

Princípios da Gestalt e Níveis Cognitivos
a) Princípios da Gestalt
     Pela Teoria da Gestalt, os elementos constitutivos das imagens e ideias, são agrupados de acordo com as características que possuem entre si, como proximidade, simetria, continuação e outras.
Na imagem abaixo, observamos que o menu apresenta proximidade e alinhamento entre os ícones, estabelecendo uma hierarquia para orientar a ordem de leitra, sendo que também esses são contíguos. Observamos também, que o mesmo ocorre com os logotipos do Google, abaixo do menu, que estão agurpados.








Imagem da página: http://www.designculture.com.br/entendendo-o-jogo-o-que-e-a-gestalt/. Acesso em 17 Mar 14.
     Na figura à seguir, temos um exemplo de proximidade, alinhamento, contiguidade, com relação aos links à outros sites do Google. Observa-se também continuidade quanto à disposição dos links à pesquisa sobre o assunto desejado. Nota-se também alinhamento entre os ícones à direita e acima, para acesso pelo usuário a outros elementos do provedor. O site apresenta semelhança entre grupos de ícones, que apresentam mesma cor e estilos.










Imagem da página: ://www.google.com.br/search?
q=contiguidade&oq=contiguidade&aqs=chrome..69i57j0l5.3583j0j7&sourcei. Acesso em 17 Mar 14.
http://psicologado.com/abordagens/humanismo/gestalt-leis-da-gestalt . Acesso em 17 Mar 14.
b) O funcionamento do carburado de um motor.

















     Para iniciantes a imagem do carburador de difusor e jato fixo, deve parecer confusa, pois
exige deste estudante um alto nível cognitivo, uma vez que apresenta muitas informações que lhes
são desconhecidas, como por exemplo, este aluno deverá saber o que seja: um difusor ou venturi,
um controlador da mistura, o poço de emulsão, a bomba de aceleração, etc, e ainda a finalidade de
cada parte para o funcionamento do artefato. Já para um especialista pode ser de mais fácil
compreensão, pois espera-se que esse conheça todos os itens que formam um carburador, bem como
a função de cada peça para o desempenho desta máquina.
     Este é um dos motivos, que ao preparo de atividades para principiantes, é importante que o material para estudo, não seja carregado de textos, imagens e sons.
     Observa o autor, que a carga relevante é necessária para ajudar o aluno à aquisição de novos conhecimentos, através da variação de exemplos, sendo que desta forma pode-se promover uma aprendizagem mais efetiva ao aluno.

Avaliação do design de software educacional

Avaliação do design de software educacional

 Mosquito da denque
  Usabilidade e ergonomia
O objeto é fácil de aprender e de usar. Apresenta-se como um tutor, pois através dos botões: dengue, teste, combate e tratamento, orientam o usuário quanto a estes itens contantes da animação.
 Mosquito da dengue
  Apresenta uma ajuda, nos diversos quadros. Apresenta um “zoom”, que deve auxiliar pessoas com problemas de visão para ler as orientações, constante do texto apresentado, que também possui bom contraste das fontes para a leitura, como por exemplo na animação quanto ao tratatamento dos síntomas da moléstia.
Quanto a coerência, o objeto instrucional, não apresenta o “x” para fechar a janela, mas apresenta ajuda em todas as tela, sendo também coerente, quando na navegação disponibiliza o ícone voltar ao início, através da figura casa.
 Carga de trabalho
Pode-se observar que na imagem a carga de trabalho, pode levar o indivíduo a uma fácil assimilação da mensagem, sugerindo o teste, o combate ao mosquito e o possível tratamento. Percebe-se facilmente esta orientação.
O objeto apresenta controle explicito, isto é o usuário pode controlá-lo, podendo assim diminuir a carga de trabalho. Mas não apresenta em todas as janelas a opção “x”, para fechar a tela.
Ainda para diminuir a carga de trabalho o indivíduo, pode “desligar” a música de fundo e também procurar na ajuda, informações e orientações à respeito do objeto educacional.
Para diminuir a carga de trabalho, a tela referente a figura 2, poderia ser diferente, pois apresenta muitas informações num só lugar.
 Sintomas da dengue
Figura 2
   Utilização de cores
A quantidade de cores não interfere na compreensão da imagem, mas as fontes utilizadas poderiam ser de outra cor, para contrastar mais com o fundo amarelo das casas que aparecerem na figura 1.
As cores dos textos apresentam bom contraste com o fundo, em que estão escritas (fontes vermelhas com fundo branco).
Mas na imagem à seguir (figura 3), encontramos problemas quanto ao contraste entre as cores das fontes, que podem tornar dificil a leitura das informações, pois os textos, confundem-se um pouco com o fundo da tela do objeto instrucional.
Tratamento da dengue 
Figura 3
 Interatividade
O objeto apresenta interatividade produzida pela animação, pois mostra o que pode acontecer se o indivíduo for picado pelo mosquito, isto é, que existe tratamento, simbolizado pela ambulância.
A música de fundo e o zumbido do mosquito, pode contribuir para prender à atenção do observador.
A ajuda, contribui para que o usuário, oriente-se na animação. Interessante também de obervar-se é que o software, oferece os síntomas da doença, quando o indivíduo clica na figura do menino infectado.
Também é bastante interativo, quanto ao combate ao mosquito, mostrando pontos clicáveis dos lugares em que o inseto pode se proliferar.
Na figura 4, observa-se uma carga cognitiva intrínseca, exigindo uma maior interatividade entre o usuário e a interface.
 Combate à dengue
Figura 4
Linguagem visual
O objeto de aprendizagem apresenta muita boa linguagem visual, uma vez que as imagens apresentam muitas informações, janelas ordenadas o que pode ajudar o usuário durante a interação com a interface.
Quanto a linguagem visual, esta não é abstrata, pois apresenta uma composição dos elementos que compõem as telas, bem compreensíveis. É legível!1 Como no caso da tela abaixo, figura 5.
 Mosquito da dengue: Ciclo de vida
Figura 5
O “tamanho” do mosquito é desproporcional com as outras imagens.
1_http://www.linguagemvisual.com.br/

Resenha: In/Exclusão

Resenha do artigo: In/exclusão no currículo escolar: o que fazemos com os incluídos?
Autor: Eli Henn Fabris

Marco Vargas


     No presente trabalho a pesquisadora, faz uma critica ao discurso corrente, quanto à inclusão e/ou exclusão de alunos, onde segundo a autora esses educandos não deveriam estar incluídos somente para sua socialização, e sim com vistas ao processo do ensino-aprendizagem, isto é, essas crianças devem estar na escola para aprenderem.
     Nossa interpretação, ao presente estudo, ocorre visto a professora/pesquisadora ter adentrado em vários assuntos referentes a inclusão escolar, assim atemo-nos às questões sobre formação de professores, pois que sua função seria a de incluir esses alunos na sociedade através do currículo escolar.
(FABRIS, 2011), observa que uma das queixas das professoras de uma das escolas onde realizou à pesquisa: In/exclusão no currículo escolar, seria quanto à manifestações de que essas não apresentam condições de trabalharem com educandos considerados de “inclusão”, e que essas gostariam de serem orientadas para desempenharem essa função, isto é, referindo-se à falta de formação específica ao desempenho dessas atividades.
       Problemática essa questionada por Eli Henn Fabris, que não concorda com a premissa de que cursos de formação deem conta de uma preparação total e definitiva de docentes, pois segundo ela, professores assim como outros profissionais necessitam de pesquisa e estudo de casos que se apresentem no fazer cotidiano profissional, de cada professor.
       Será que o professor seria um profissional detentor de uma sabedoria, que lhe seria negado pesquisa e estudo? O professor é alguém que não deixa dúvidas de seu saber, por isso ensina? Será que sua formação inicial, dá conta do que, e como ensinar de maneira pronta e acabada? Não seria a educação continuada uma necessidade dos docentes?
      Frente a esses questionamentos, pesquisamos no artigo em estudo o pensar da pesquisadora, quanto a formação de professores, com vistas à melhoria do ensino, focando à inclusão de indivíduos, através do currículo escolar.
     Para tanto, segundo a autora, trata-se de uma necessidade à educação continuada de professores; observando que esses nem sempre aceitam ou estão em condições de assumirem à continuidade da pesquisa e estudo como parte de sua profissão, fato que particularmente observamos em nosso cotidiano escolar, por vários motivos elencados por alguns docentes. Pois, segundo à pesquisadora uma das finalidades dessas tarefas seriam para que os educadores entendessem os sujeitos que se encontram dentro de sala de aula.
       Em se tratando ao atendimento de indivíduos com necessidades especiais, os cursos de formação inicial não contemplam atividades pedagógicas necessárias ao trabalho com alunos com as mais diversas síndromes, pois algumas dessas necessitam de recursos humanos, materiais e equipamentos próprios a esse atendimento especial; e sendo que pela falta de profissionais e acessibilidade física, os indivíduos ao invés de serem incluídos podem ser excluídos, fatos que comprovamos diariamente em prédios, ruas e avenidas de nossas cidades.
     Quanto ao processo do ensino-aprendizagem, comenta a pesquisadora e corroboramos, que nossas escolas não atentam para os alunos com deficiências, pois a preocupação básica são com aqueles ditos normais, mas que apresentam “problemas de aprendizagem”, e que também, a escola não consegue ensinar, por vários motivos discutidos diariamente em nosso ambiente escolar.
Entendemos também, que baseando-nos em queixas e denúncias, sobre a não preparação de professores, quanto à inclusão: sejam de indivíduos com necessidades educacionais especiais e/ou com aqueles com dificuldades de aprendizagem, podemos aderir ao imobilismo, à exclusão curriculares, que segundo Veiga-Neto (2001), citado pela pesquisadora, nos aponta que essa problemática, pode estar relacionada a negação dos anormais, a proteção linguística, a naturalização das relações normais-anormais e a hipercrítica, essa última não tão comum, nessas discussões.
      Concluímos nossa resenha sobre In/exclusão no currículo escolar, sobre o que fazemos com os incluídos, tentando desmistificar o discurso corrente, da não preparação de professores, para o atendimento de indivíduos com necessidades especiais e/ou com problemas de aprendizagem curriculares, como escreve a professora/pesquisadora, quando cita, (Foucault, 1995), que orienta a necessidade de distanciarmo-nos do horizonte de trabalho, e começarmos a viver no “terreno movediço, inquieto, inseguro, das constantes problematizações”, cotidianas.

      Por nossas palavras, concordamos, que não é mais possível, ficarmos somente no discurso da falta de formação de professores, e à luz da legislação vigente sobre o atendimento aos portadores de necessidades especiais, devemos buscar qualificarmo-nos com vistas, não somente ao atendimento a esses, mas também de todos aqueles sujeitos excluídos/incluídos nos sistemas de ensino.

Uma reflexão sobre Teorias da Aprendizagem

Uma reflexão sobre Teorias da Aprendizagem.

Marco Antonio Vargas

Este trabalho discute três concepções sobre a aquisição do conhecimento, quais sejam:
Inatismo – sustenta que as pessoas possuem aptidões inatas a cada indivíduo, que segundo Platão (427 – 347 a.C.), o conhecimento precisa ser organizado, cabendo ao professor auxiliar os alunos ao acesso a estas informações.

Empirismo – para os empiristas, o conhecimento é absorvido pelos sentidos. O professor detém o saber. Aprende-se copiando e memorizando-se Aristóteles (384 – 322 a.C.).
Construtivismo – Segundo J. Piaget (1896 – 1980), o conhecimento “se constrói” na interação do sujeito com o meio em que ele vive, cuja apreensão é facilitada pelo professor.

Teorias de aprendizagem mais discutidas1.
Aprendizagem Genético-Cognitiva (J. Piaget, 1896 - 1980)
A aprendizagem constrói-se em processos de troca – interacionismo. Ação do sujeito sobre o objeto na busca do conhecimento. Diz que as estruturas cognitivas, que regulam a influência do meio, são resultados de processos genéticos e que o fator de menor peso é a interação social, desta forma entendemos que Piaget privilegia a maturação biológica, isto é, os fatores internos preponderam sobre os externos. Os processos de ensino pelo professor devem orientar-se pela psicologia.
No construtivismo o professor, aproveita a individualidade de cada aluno, para o enriquecimento do grupo, criando condições à desafiar os alunos, para que a aprendizagem ocorra.

Aprendizagem Genético-Dialética (Vygstky, 1896 - 1934)
A aprendizagem pode ser resultado do intercâmbio entre a informação genética e o contato com o meio histórico-social, segundo esta corrente epistemológica. Os conceitos são formados por relações entre pensamento e linguagem. O acesso aos objetos pelo homem é mediado, operados por sistemas simbólicos de que dispõe. A interação social e o linguístico são decisivos para o desenvolvimento e para Vygotsky, é na apropriação de habilidades e conhecimentos socialmente disponíveis (cultura), que as funções psicológicas são construídas. Para este epistemólogo, o ambiente social em que a criança nasceu pode determinar o desenvolvimento deste indivíduo. A potencialidade para aprender não é a mesma para todas as pessoas.
Quanto as relações professor-aluno para Vygotsky2, a interação social e a mediação é o principal do processo educativo, pois estes dois elementos estariam intimamente ligados ao processo de constituição e desenvolvimento dos alunos, pois a partir das interações o indivíduo poderá agir e intervir no mundo.
Aprendizagem Genético-Dialética Francesa (Wallon)
Segundo Henri Wallon (1879 - 1962), o pensamento infantil tem características particulares, diferentes das dos adultos. Toda a atividade cognitiva esta relacionada com afetividade, que impulsionam a atividade, por ser o primeiro domínio funcional percorrido pela criança3.
Para Wallon, a afetividade é imprescindível para a aprendizagem, isto é, o professor deve se preocupar com seus alunos, ou seja, entende-los como indivíduos autônomos na busca de sua identidade.
Aprendizagem Significativa (Ausubel, 1918 - 2008)
Aprendizagem significativa segundo seus principais autores, não ocorre através da repetição, da memorização e/ou através de processos mecânicos, mas por uma sequência lógica, através de conteúdos compreensíveis desde a estrutura cognitiva.
Esta teoria enfatiza que os conteúdos devem ser significativos para o aluno, pois este conhecendo o porquê do que aprende e sabendo utilizá-lo, possibilita vínculos entre as novas aprendizagens e as já possuídas, desde que este aluno esteja propenso à aprendizagem.
Na aprendizagem significativa, o professor deve disponibilizar várias informações possíveis, para que o aluno tenha condições de tomar decisões na resolução de problemas.
Das leituras realizadas podemos deduzir que nem todos os pesquisadores estudados, detém a primazia, quando o assunto é o processo da aprendizagem, sendo assim, para nossa prática escolar podemos filtrar destes estudos, formas e maneiras de como adequá-las ao nosso cotidiano.

Mas, entendemos que a Teoria Genético-Dialética e a Teoria da Aprendizagem Significativa, podem auxiliar na qualificação da prática pedagógica de professores, visto a primeira ser dialética e a segunda trabalhar com o pressuposto de que quando os conteúdos estão associados ao cotidiano do aluno, este poderá ter um melhor aproveitamento escolar, pois lhe é oportunizado fazer relações com seu dia a dia. Neste sentido podemos estar pecando na similaridade destas duas propostas pedagógicas. Ainda assim defendemos estas duas teorias, não abandonando nem esquecendo outras, pois empiricamente os estudantes, discutem mais quando os conteúdos escolares podem ser relacionados com seus fazeres diários.

Concluindo, observamos que ainda nos sistemas de ensino atuais predomina o processo da repetição de conteúdos com vistas à sua memorização por parte dos educandos, quando ainda o professor utiliza prioritariamente o quadro-de-giz; orienta os alunos a fazerem exercícios com posterior verificação de conhecimento quando da correção de atividades: observando-se que em pouco tempo os alunos esquecem o supostamente aprendido. Por outro viés, ou seja o dá prática contextualizada, pode-se provar que o estudante interioriza melhor os assuntos abordados em sala de aula, quando esses são associados à empreitadas e acontecimentos da comunidade em que vive.


BIBLIOGRAFIA

50 QUESTÕES BÁSICAS SOBRE CONSTRUTIVISMO. Disponível em: http://www.ufpa.br/eduquim/construtquestoes.htm. Acesso em 17 mar 14.


1http://w3.ufsm.br/ciclus/images/Teorias.pdf
2http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1534-8.pdf

3http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/27-2.pdf

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Análise de telas com ícones e diferentes formatações de texto

As telas a seguir contêm uma série de exemplos de bom e/ou mau uso de ícones e formatação de textos. Analise cada um dos exemplos justificando suas respostas.


a) A interface do Office 2007 mudou bastante com relação à versão anterior do sistema. Dentre as várias mudanças, podemos observar ícones diferentes, principalmente em questão de tamanho. O que você pensa desta mudança?
Se pudesse escolher, preferiria a tela do Office 2000, pois o contraste me parece melhor, uma vez que este no Office 2007, apresenta menor visibilidade em função do contraste entre fontes, ícones e cor de fundo da tela. Além de apresentar muitos ícones, que não são usados comumente, podendo desta forma aumentar a memória de trabalho do usuário.
Word 2000

Quanto aos ícones do Word 2007, por exemplo, o da impressora não esta visível em um primeiro plano, sendo necessário que o usário procure este, o que não acontece com o Worde 2000, em que este ícone esta presente a uma primeira vista, uma vez que impressoras são comumente usadas no cotidiano.

Word 2007
b) O texto abaixo está apresentado de 2 maneiras diferentes. Comente-os, falando sobre vantagens e desvantagens de cada um.
Observando o texto, escolheríamos colocar a imagem à esquerda do texto, e não como fundo do texto, pois a imagem como plano de fundo, torna a leitura do texto mais difícil, exigindo maior memória de trabalho cognitivo.

Da geometria espacial para a plana: uma experiência didática

Artigo, disponível em:
LUME/UFRGS

Projeto e construção de materiais educacionais


Acesso ao projeto

Prática pedagógica


Plano de Aula: Introdução ao estudo de Estatística

Introdução ao estudo da Estatística
Introdução
     A Estatística é uma ciência que trabalha com métodos para coleta , classificação, resumo, organização, análise e interpretação de dados.

Objetivo geral
     Este trabalho procura introduzir o estudo desta disciplina, através de atividades teórico-práticas em turmas de 8º e 9º anos do Ensino Fundamental em uma escola da rede pública estadual situada em Porto Alegre-RS.

Objetivos específicos
     Estudo sobre elementos da estatística , como: frequências, população, amostra, variável e representações gráficas.

Metodologia
     Uma sequência didática para  o estudo da estatística a partir da análise de dados coletados e suas representações gráficas.

Conteúdos
     População, variável, amostra, regra-de-três, porcentagem, abelas, distribuição de frequências, representação gráfica.

Tempo
     5 (cinco) hora-aulas.

Recursos
     Quadro de giz, caderno, lápis, régua, calculadora, computador pessoal e Google Docs (planilha eletrônica).

Avaliação
     Pela observação do envolvimento dos educandos, quando da construção de tabelas e gráficos pela utilização cooperativa da planilha em tempo real, disponibilizado em: https://docs.google.com/spreadsheet/ccc?key=0An3P_Gt4xLCgdDB0TGFXb3pnZVZwOU5Fc0pjeVNnZVE#gid=0

Bibliografia
     Cuore R. E. C.; A Estatística no Cotidiano Escolar. Disponível em: http://www.artigos.etc.br/a-estatistica-no-cotidiano-escolar.html. 2009. Acesso em 08 Dez 2012.

     Estatística aplicada a educação - Educação - MEC. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/estatistica.pdf. Acesso em 08 Dez 2012.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Síntese: O Garoto selvagem de Aveyron

O Garoto selvagem de Aveyron
     O filme trata da história do chamado garoto selvagem Victor do Aveyron, encontrado nessa cidade localizada ao sul da França, em 1798, período final Revolução Francesa.
Esse menino, aparentava ter a idade entre 12 e 15 anos, mudo e parecendo surdo, mas emitia grunhidos e sons estranhos, cheirava tudo que levava às mãos, e andava também de quatro.
Sendo o garoto apreendido por caçadores, é transferido para uma instituição destinada a doentes e indigentes, próximo ao local onde fora encontrado, sendo em seguida enviado para a Escola Central de Rodez, e por ordem do Ministro do Interior, é transferido para Paris em 1800: para o Instituto Nacional de Surdos-Mudos.
     Nesse Instituto, após ser observado por Pinel, concluiu esse médico, que o menino teria sido abandonado por ser idiota, e que não havia esperança de educá-lo. Mas essa posição do médico Philipe Pinel é contestada por seu ex-aluno, o médico Jean-Marc-Gaspard Itard, que interessa-se pelo garoto.
         Itard, após examinar a criança, defende a ideia de re-integrá-lo à sociedade, presumindo que o estado do garoto devia-se à privação do contato social. Pelos argumentos de Itard, o governo decide assumir o custo do menino no Instituto, quando Itard encarrega-se de sua educação moral e intelectual, contando para essa empreitada com a ajuda de uma governanta, que mais tarde viria a assumir a guarda do garoto, que faleceu em 1828.
       Os métodos para a educação do menino, desenvolvidos por Itard, seriam os de usar de bons tratos e complacência, com seus gostos e com suas inclinações e de trabalhos que deram origem à estudos de surdos.
      Assistindo ao filme, observamos que Itard, preocupa-se em dar um nome próprio ao garoto, quando citando alguns nomes, ele e a governanta percebem que o menino, atende ao nome de Victor, nome pelo qual passam a referir-se a ele.
     Continuando com seu trabalho de educação do garoto, consegue progressos, quando percebe que o garoto gosta de leite, partindo dessa associação, consegue que o menino pronuncie a palavra que dá nome a esse alimento. Com a finalidade de verificar, quanto a audição de Victor, realiza experimentos com alguns objetos que produzem sons: conseguindo avanços.
     Observando que o garoto, atenta para a ordem de coisas, realiza um trabalho com comparação entre materiais através de desenhos, onde o garoto tem de associar alguns objetos: como uma tesoura, um livro, um martelo, ao desenho desses materiais, sendo que após várias seções, esses desenhos veem acompanhados dos nomes dos respectivos objetos.
    Em outro método, orienta o menino, à associar letras cortadas em madeira com as mesma letras desenhadas em um tabuleiro, observando que o garoto desenvolve uma estratégia para efetuar à associação.
     Em outro momento, muda essa atividade do tabuleiro de associação de letras, sendo que o menino resolve não obedecer, frente a essa atitude, usa de castigo físico, trancando-o em um armário escuro, mas percebe que dessa maneira poderá não conseguir avanços, com seu trabalho na educação do garoto.
       Também usa de outro método, utilizando recortes da palavra leite, fazendo com que o garoto, ordene as letras corretamente na formação dessa palavra, sendo que o alimento leite, é usado como recompensa, toda vez que a criança acerta as atividades. Com essa atividade, consegue mais progressos, na educação de Victor, quando esse visita amigos de Itard, pois carrega consigo as letras talhadas em madeira que formam a palavra leite, as quais Victor, usa para pedir o alimento.
     Tentando ensinar o alfabeto, e não conseguindo seu intento, o doutor, desgosta-se com a situação, arrependendo-se de ter afastado o garoto do meio onde vivia. Mas volta a sua empreitada, utilizando-se de um quadro de giz, quando consegue que o garoto selvagem escreva seu nome copiando a escrita do médico. A seguir, realiza outra atividade, quando consegue que através de palavras dos nomes de objetos conhecidos pelo garoto, consegue com que o mesmo associe as palavras com os respectivos objetos, seno que para isso utiliza-se do método do prêmio e castigo, isto é, quando o garoto acerta à associação o recompensa, mas quando erra o castiga.
     O filme termina, quando após uma escapada do garoto pelos campos, esse acaba retornando para a casa do doutor, quando é recebido afetuosamente pela governanta e pelo médico.

     Concluindo, destacamos que dos estudos do professor Itard, suas contribuições estão no campo hoje denominado de Otorrinolaringologia; escreveu sobre mutismo e gagueira, dedicou-se a educação de surdos.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Oficina de matemática: O número de ouro

O Número de Ouro



Definição da razão áurea.
Sabemos se uma linha está dividida na proporção áurea se a razão da linha inteira pelo pedaço maior for igual a razão do pedaço maior pelo pedaço menor.
               |-----------------------------|-----------|
              A                                  C            B
Se os pontos A, B e C guardam a proporção áurea, então:


Se atribuirmos variáveis à linha AB, conseguimos chegar ao valor da proporção áurea, cujo símbolo é Φ (letra grega fi):
                                1                     x-1
               |-----------------------------|-----------|
              A              x              C            B



     O número de ouro 1,618033989... é um número irracional, misterioso e enigmático.

A construção de um retângulo de ouro
1. Desenhe um quadrado qualquer na folha (o lado do quadrado será a largura do retângulo de ouro);
2. Marque os pontos médios dos lados de “cima” e de “baixo” do quadrado;
3. Trace a reta que passa pelos pontos médios (observe que o quadrado ficou dividido em dois retângulos congruentes);
4. Num dos retângulos trace uma das suas diagonais.
5. Com o compasso desenhe a circunferência que tem centro no ponto médio de onde parte a diagonal, tendo como raio essa diagonal;
6. Prolongue o lado do quadrado até encontrar a circunferência (este novo segmento é o comprimento do retângulo de ouro)
O número de ouro é representado pela letra Φ , em homenagem a Fídias (Phideas), famoso escultor grego, por ter usado a proporção de ouro em muitos dos seus trabalhos.