sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Estágios psicossociais do desenvolvimento


O estádio do espelho




Sugestões para estimulação das crianças

SUGESTÕES, PARA ESTIMULAÇÃO DAS CRIANÇAS A FAZEREM ESCOLHAS
“As sugestões sugerem formas de encorajar a iniciativa”. Woolfolk (2000).
Exemplos

  1. Deixe um período livre no qual as crianças possam escolher uma atividade ou jogo;
  2. Evite interrompê-las, quando estiverem envolvidas em uma atividade;
  3. Tente seguir às sugestões das crianças, ou incorpore essas em atividades em andamento;
  4. Ofereça alternativas quando uma ação ou pedido da criança não for apropriada, ao momento ou situação;
  5. Ensine-as em pequenas etapas, quando da introdução de um novo jogo, ou de nova habilidade;
  6. Evite jogos competitivos, estimule o faz-de-conta, alternando os papéis no jogo;
  7. Tenha fantasias e acessórios relacionados às histórias que gostem. Estimule a encenação e/ou invente novas aventuras, que envolvem os personagens principais;
  8. Monitore as brincadeiras, seja tolerante com acidentes e erros, quando estiverem fazendo algo sozinhas;
  9. Use copos e jarras que sejam praticas para servir e difíceis de derramar;
  10. Reconheça suas tentativas, mesmo que os fins não tenham sido alcançados.

Roteiro rádio

Roteiro adaptado para o programa radiofônico.

Nome do programa: Sociólogos e Educação.
Ordem da Lauda:
1

Loc 1

TÉCNICA

Loc 2


TÉCNICA

Loc 1

Loc 2


TÉCNICA

Loc 2

Bom Dia! / Está no ar o programa Sociólogos e Educação. / /

MÚSICA DE FUNDO. RODA 10' E VAI A BG

Mais um documentário em seu rádio no dia vinte e oito de outubro de dois e
quatorze./ /

MÚSICA DE FUNDO SOBE, RODA 5' E CORTA.

Ouça nessa edição, as contribuições de Émile Durkheim./ À educação./

A educação para Durkhein, é socialização./ É o processo através do qual
aprendemos a ser membros da sociedade./

MÚSICA DE FUNDO SOBE, RODA 5' E CORTA.

Fonte da pesquisa: Caderno didático./ Disciplina: Produção Midiática para
Educação./ Curso de Graduação a Distância em Educação Especial./ Centro de
Educação./ Universidade Federal de Santa Maria./


Multiculturalismo

     O multiculturalismo falseia na busca por levantar bandeiras contra a homogenização, quando tenta tratar todas as culturas por um padrão universal, considerando as diferenças como identidades fechadas (indígenas, afro-descentes, surdos, etc), assim, excluindo possibilidades de produção de identidades plurais, por esse viés tornando-se conservador.
     O paradoxo entre o multiculturalismo e diferença, pode significar apenas à criação ou o incremento de políticas, quando os indivíduos (os outros), são meramente, incorporados, convocados para serem consumidos e/ou consumirem, e o tipo de violência imposta a esses outros, para que vivam essa ilusão de aceitos, pode ser exemplificada “do andar na moda”. O diferente é aceito quando é normalizado, ou quando pode ser incluído através de políticas.

Multiculturalismo Crítico ou Revolucionário
     Para discutirmos a inclusão de pessoas com alguma deficiência, podemos discutir o multiculturalismo Crítico, uma vez que as outras formas, não contemplam as formas de poder, os privilégios, a hierarquia das opressões e os movimentos de resistência e não chamam atenção para o papel que a língua e que as representações desempenham na construção de significados e identidades, não reconhece a cultura como não-conflitiva, harmoniosa e consensual, isto é, não reconhece os conflitos culturais, não reconhece também a harmonia e o consenso culturais.
     As outras formas de multiculturalismo, também, não concebem que a diferença é um produto da história, da ideologia e do poder, que segundo Silva (1999)” ...obrigaram diferentes culturas...a viverem no mesmo espaço”.
     Para corroborar essa discussão com vistas a inclusão de indivíduos com deficiência, segundo o autor, as ideias do multiculturalismo crítico nos orientam à produção do conceito de diferença e não de deficiência, assim nos distanciando da diferença como exclusão, da marginalização dos considerados como os “outros”.
Por esse contexto, diferença, relacionada à educação especial, no caso de um surdo, o sujeito não é excluído pelo fato de não ouvir, não trata-se de uma oposição, pois o fato do indivíduo ser surdo não o modifica com relação a essa deficiência, podemos pensar que esse é excluído por conta do sujeito ser diferente, que pode acontecer por conta de ideologias, de relações de poder, etc.
     As outras formas de multiculturalismo, pelo nosso exemplo, vê a surdez como uma falha, que é tratada como essência, desconhecendo à história, a cultura e as relações de poder, que excluem esses indivíduos, portanto e segundo Ebert (apud MACLAREN, 1997):”...as diferenças são construções históricas.”

CULTURA NACIONAL
     Nas sociedades modernas, as culturas nacionais se constituem em um dos principais elementos de identificação. Quando nos definimos fazemos uma ligação com nossa nacionalidade: somos brasileiros, por exemplo. Mas isso não quer dizer, que uma identidade nacional seja algo biológico, que tenhamos nascido com isso. Quando dizemos sou brasileiro, isso é uma representação de significados atribuídos à cultura brasileira.
     Cultura nacional, é uma composição de símbolos, representações e instituições; nada mais é do que um discurso veiculado pela linguagem.
Para Hall, as identidades são construídas quando fazem sentido pelos quais podemos nos identificar, formando-se assim as identidades culturais.
     Para entendermos como funciona uma identidade cultural, dependemos da narrativa dessa cultura nacional e de alguns elementos, que constituem esse sistema de representação: como a forma pela qual é contada e recontada, e através das origens, continuidade, tradição.
     A problemática que se apresenta, é que os indivíduos são aprisionados numa identidade cultural, mas que em nome desse sentimento de pertencer à uma nação, os sujeitos precisam ser normalizados, quando suas identidades e diferenças são fixadas e unificadas,
     As identidades e diferenças são produzidas por discursos, através das relações de poder, isto é, quando o desejo de um depende da vontade do outro1, ou seja, as identidades são negociadas entre seus componentes, segundo a experiência de cada um, sendo assim, as identidades e as diferenças não são produzidas naturalmente, mas são resultados das relações sociais, entre os indivíduos.
Por exemplo, no caso das comunidades surdas, o respeito devido a elas, deve passar por uma negociação, para serem vistas como uma identidade diferente e não como deficientes, para que sobrevivam culturalmente, observando-se também essa problemática à outros grupos, como ainda por exemplo, no caso dos homossexuais, paralisados cerebrais, etc.

Identidade e cultura na sociedade moderna
     As diferenças na sociedade moderna, podem ser somente um discurso à normalização, retóricas, isto é, bons discursos, quanto à educação das pessoas com necessidades educacionais especiais, uma vez que diferença/diversidade, nada mais é que o estabelecimento de fronteiras, astúcias, à fim de corrigir os ditos anormais dos normais, segundo BAUMAN (1998).
     Para tanto à escola, quanto à produção das diferenças e das identidades culturais, tratar as questões do outro além de atitudes benevolentes e solidárias, ir além das normas, onde não há espaço para o “selvagem”, onde o que esta fora do “normal” incomoda, visto que as diferenças são construções históricas, sociais e políticas, que segundo Skliar (1999), diferenças são sempre diferenças, que dentro de uma cultura são definidas por diferenças políticas, daí que algumas politicas, se afastam de algo que esta em ação, que produz, que se recusa à fundir-se com o idêntico, que se recusa aos modismos, da sociedade moderna.

1http://pt.wikipedia.org/wiki/Rela%C3%A7%C3%B5es_de_poder

AUTORES QUE CONVERGIRAM COM AS IDEIAS DE FREUD

SÍNTESE
Ana Freud (1895-1982), filha caçula de Martha e Sigmund Freud, iniciou sua vida profissional como professora primária. Foi pioneira no desenvolvimento na psicanálise de crianças, cujo trabalho teórico (1923), examinava as funções que o Ego desempenha no sentido de tornar tolerável a intensidade da ansiedade despertada por ideias e sentimentos penosos. Publicou Introdução à Técnica da Análise Infantil (1927), O Ego e os mecanismos de defesa (1936) e o Estudo Psicanalítico da Criança (1945), A Infância normal e patológica (1965).
Para Anna, a educação deveria trabalhar com a análise e a educação: quando, ao mesmo tempo deveria, permitir e proibir, liberar e controlar, ações essas contraditórias entre análise e educação. Orienta que pais e professores deveriam se ocupar de educar as crianças, quanto a satisfação imediata de seus desejos; mas ressalta que esses em função das muitas exigências, tornam a criança neurótica.
Segundo Anna Freud, os professores não deveriam seguir um modelo na educação das crianças, mas que ao contrário disso deveriam incentivá-las à autonomia e a criatividade.
Quanto a socialização da criança, à escola com relação às normas escolares não presta atenção as suas diferenças individuais, pois classificam-as de acordo com a idade, e em função disso espera à escola que os alunos, aceitem as normas comuns a todos os estudantes, assim, sacrificando sua personalidade.
Relativizando a transição família/escola, devem os educadores compreenderem as dificuldades dessa passagem, face à posição dessas na família, quando os pais às compreendem em função de sua personalidade; quando na escola essas devem obedecer normas comuns à todas as outras crianças.

Gordon Alport (1897-1967), diferenciou-se de Freud e de outros pós-freudianos, por sua vida familiar que foi cheia de afeição e confiança, e também por nunca ter sido psicanalisado e tampouco praticou privadamente à psicanalise, seus estudos foram de cunho acadêmico.
Comportamento expressivo, isto é, as expressões faciais, inflexões vocais, gestos e maneiras de agir, seriam vistos como indicadores de personalidade, resultado de sua mais notável pesquisa. Desenvolveu também, testes psicológicos e o Estudo de Valores, esses utilizados na avaliação de pesquisas, no aconselhamento e na seleção de pessoal.
Impulsionado pela suspeita de que a psicanálise desmerecia o estudo do consciente, levou-o à construir uma teoria da personalidade diferente da freudiana, a qual minimizava o papel do inconsciente em adultos normais, e que esse funcionava mais de forma racional e consciente, quando discorria que os neuróticos é quem seriam influenciados pelo inconsciente mais significativamente.
Argumentava que somos muito mais influenciados pelas experiências presentes e pela esperança no futuro, e não que as experiências infantis, gerassem os conflitos na idade adulta.
Acreditava que o estudo da personalidade, deveria ocorrer com adultos normais e não em neuróticos, e que não haveriam semelhanças entre esses, sendo assim, defendia que não haveriam leis universais que fossem aplicadas a todos.
Com relação à personalidade, dizia que essa nos sujeitos é aberta, isto é, recebe e influencia. Defendia que a personalidade é o que a pessoa realmente é, independentemente como os outros a percebam, e que essa muda com o tempo, e seu comportamento muda de acordo com a situação em que o sujeito se encontra.
Interpretava o “eu”, como aquilo próprio da pessoa, aquilo que pertence a nós mesmos, aquilo que nos faz diferentes dos outros: o propium. Defendia, que o propium, através de sete estágios, que estão entre a infância e adolescência, e que esses são movidos de acordo com relacionamentos sociais, principalmente com a mãe e não psicossociais, contrariamente ao que defendia Freud. Os estágios do proprium, e seus aspectos funcionais, seriam: percepção do corpo, auto-identidade, valorização do eu e extensão do eu, atividade racional, auto-imagem, esforços do eu e a função do conhecer.

Henry Murray (1893-1988)
Freudiano, criou um sistema chamado Personologia, não clinicou, e investigou os sujeitos ditos normais; em Jung, acreditava que o inconsciente poderia fornecer respostas aos problemas da vida.
Estabeleceu um programa ao escritório hoje denominado CIA, quando observava os candidatos em situações concretas de tensão, servindo também esse estudo na seleção de candidatos à cargos executivos ao ingresso na iniciativa privada e/ou governamentais.
Concordava com Freud, quanto ao desenvolvimento da personalidade, que ocorreria por estágios psicossexuais, que os classificava da seguinte maneira: existência segura no interior do útero; jubilo sensual da criança no ato de sugar; prazer resultante da defecção; prazer no ato de urinar e prazeres genitais.
A teoria de Murray é embasada na motivação do ser humano e pela classificação de suas necessidades, que para ele envolvem uma força química no cérebro que organiza o funcionamento intelectual e perceptivo, ainda para ele, as necessidades humanas só podem ser reduzidas pela satisfação dessas necessidades, quando o organismo encontra-se sobre tensão.
Para Henry Murray, a necessidade decide formas comportamentais, sendo o impulso, essa forma. Criou uma verdadeira taxionomia da necessidade, através de supostas vinte necessidades, que segundo Hall e Lindzey, podem ser: necessidade de realização, humilhação, afiliação, agressão, autonomia, defesa, deferência, necessidade física e psíquica de auto-defesa, exibição, altruísmo, ordem, entretenimento, rejeição, sensitividade, sexo, apoio e compreensão.

Erik Erikson (1902 – 1994)
Ampliou a teoria do desenvolvimento de Freud, sobre as implicações sociais e psicológicas que abrange os anos adultos, pois segundo Erikson, a personalidade se forma por estágios ao decorrer da vida, e a cada estágio o indivíduo passa por conflitos que estão sempre presentes na vida, conflitos esses que deverá enfrentar e resolver, sendo que há sempre uma solução positiva ou negativa quanto à resolução de cada problema e discorre que a solução de cada conflito, depende da solução dos anteriores que podem ser reparados em estágios posteriores.
Para Erikson, todos os humanos tem as mesmas necessidades básicas, e que a sociedade deve tentar satisfazê-las, diante disso, propõe uma cultura psicossocial do desenvolvimento.
Quanto a esses estágios, ele enumera como as oito idades do homem, quais sejam: Confiança básica versus desconfiança básica; Autonomia versus vergonha/dúvida; Iniciativa versos culpa; Esforço versus inferioridade; Identidade versus confusão de papéis; Identidade versus isolamento; Produtividade versus estagnação; Integridade do Ego versus desespero.
Quanto às contribuições à educação, ele discorre quanto aos anos da Pré-escola, quando cita que as crianças passam pelo conflito entre confiança e desconfiança; vergonha e dúvida, e que no período de vida do terceiro ao quarto ano, podem ser desenvolvidos nesses à autonomia e ao contrário pode acontecer que elas venham à desenvolver sentimentos de culpa, quando os pais forem impacientes e punitivos.
Quanto ao período escolar, referentes às primeiras séries do Ensino Fundamental, à criança passa pelo estágio Esforço versus inferioridade, que segundo Woolfolk (2000), aconteceria a relação entre a perseverança e o prazer de uma atividade completada, quando sugere ações no sentido de encorajar os alunos a não desenvolverem sentimentos de inferioridade e orienta também ações no sentido dessas conseguirem diligência em suas atividade.
Com relação à adolescência, período em que o indivíduo desenvolve uma identidade, esse passa pelo conflito entre identidade versus confusão de papéis que pode ocorrer, quando não conseguem integrar papeis e escolhas com relação à trabalho, a valores, ideologias e compromissos com pessoas e ideias.

Jacques Lacan (1901 – 1981), ingressa na medicina em 1919, defende a tese: Da psicose paranoica em suas relações com a personalidade em 1932. Em 1936, apresenta a comunicação científica o Estádio do Espelho1:”...transformação produzida no sujeito quando ele assume uma imagem...”. Sua técnica de sessões curtas, gera controvérsias na sociedade psicanalítica, quando apresentada em 1951. Em 1953, realiza conferências, destacando-se: “O real, o simbólico e o imaginário” e “Função e campo da palavra e da linguagem em Psicanálise”.
Lacan volta à Freud, quando redefini o vocabulário psicanalítico, pois Lacan buscou na língua sua teoria sobre o inconsciente2.
Para Lacan, o desenvolvimento do ser humano é pontuado por identificação de ideias, em que são inscritos o imaginário, que envolve uma angústia característica, chamada de estado de desamparo.
A constituição do Eu, dá-se num tempo anterior ao estádio do espelho, no qual a criança vivencia seu corpo como algo disperso, fragmentado.
O estádio do espelho, acontece sobre uma experiência de identificação, quando à criança conquista a imagem do próprio corpo, entre os seis e dezoito meses de idade, sendo que essa conquista se refere ao reconhecimento de sua imagem e ao interessa por ela, o infante passa a se interessar por ela.
Segundo a autora, Lacan estabelece dois sujeitos, o do inconsciente e o da linguagem, sendo que o primeiro esta ligado ao desejo e o segundo que fala, sendo que através da fala, segundo Lacan, é que se desenvolve o desejo pela palavra, surgindo então como simbolismo.
Orienta a autora em lacan, que como educadores devemos despertar o desejo de conhecer os outros, a nós mesmos e o conhecimento científico, pois assim construímos novos conhecimentos através dos desejos, e da superação de limites.
Maud Manonni ( 1923-1998)
Propôs a anti-psiquiatria, uma vez que o tratamento pela psicanálise clássica de crianças psicóticas e/ou autistas, não apresentariam resultados favoráveis quanto ao processo educacional.
Para Manonni, a psicanálise era ineficiente nas escolas, pois através da transmissão de processos psicanalíticos aos docentes, esses muitas vezes poderiam dificultar o desenvolvimento pedagógico das crianças. Mas, a despeito desse pensamento em Manonni, princípios e conceitos psicanalíticos nas escolas são constantes, tanto na formação, quanto em atividades docentes.
Em Manonni, alguns princípios psicanalíticos, relevantes a ação pedagógica junto a crianças com transtorno global do desenvolvimento: da alternância, isto é, quando a criança deveria ser exposta a diversas mudanças de lugares em sua vida cotidiana. No Brasil, esse princípio é aplicado na Pré-Escola Terapêutica da Vida, vinculada à USP; troca intercultural: diversidade de culturas, posturas, histórias provindas de estagiários e modo de análise individual das crianças, que deveria acontecer, fora da Escola, para não ocorrer confusão quanto ao analista fazer parte ou não, dessa instituição, pois esse poderia desconsiderar as questões pedagógicas presentes em conflitos das crianças.

REFERÊNCIAS
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA. Centro de Educação. Psicologia da Educação II. Santa Maria, 2005. Unidade C, P 29-60.
1http://www.bsfreud.com/jlestadioespelho.html

2http://revistaescola.abril.com.br/formacao/analista-linguagem-423050.shtml

Grandes linhas da Sociologia e da Filosofia da educção

QUADRO-RESUMO

Karl Marx (1818-1883)
Filósofo, economista. Seu pensamento desenvolveu-se como uma crítica à filosofia clássica, que para ele não atingia a origem das questões políticas, econômicas e sociais, que estariam na base material da sociedade.
Criou o socialismo científico, que descreve a teoria sócio-politica- econômica. Questões políticas, econômicas e sociais, seriam a base material da sociedade. Crítica à educação, ao ensino e à qualificação profissional burguesa. Ciência a serviço do capital. Processo de alienação resultante do processo de trabalho industrial e aparelhamento burguês da escola.
Concepção de instrução em Marx: Educação intelectual, corporal e tecnológica.
Principais conceitos: Acumulação, Excedente,Mais-valia, Luta de classes, Materialismo histórico e dialético.
Quanto à educação: Para Marx não existia educação em geral. Conforme o conteúdo, essa pode ser para a alienação ou emancipação. Orientou uma educação comunista, que seria baseada na formação integral do homem, superação da monotecnia pela politecnia.
Defendia uma educação pública e gratuita de todas as crianças, e uma combinação da educação com a produção material.
Diferenciou-se dos chamados socialistas utópicos por defender praticas políticas para o processo revolucionário, para a destruição da sociedade capitalista e para a construção de uma sociedade sem classes: o socialismo.
Émile Durkhein (1858-1917)
Social democrata. Pensava que os indivíduos são o produto de forças sociais complexas e não podem ser entendidos fora do contexto social em que vivem. Dizia que em cada alunos há dois seres inseparáveis, mas distintos. Acreditava que a sociedade seria mais beneficiada pelo processo educativo. Defendeu o ensino público e laico.
Criou os conceitos: Consciência coletiva. Normal e patológico. Fatos sociais. Coerção social. Concepção funcionalista: as consciências individuais são formadas pela sociedade. Defendia a Defendia a autoridade do professor, quando sugeria que a ação educativa, funcionasse de forma normativa.
Educação é socialização, isto é, para Durkhein à educação seria o processo pelo qual aprendemos a ser membros da sociedade.
Seus alunos eram, sobretudo, professores do ensino primário.
Explorou os campos da educação moral, psicologia da criança, história das doutrinas pedagógicas.
Max Weber (1864-1920)
Social democrata. Discorria que, a sociedade era excessivamente racional, que essa a seria o ponto fraco da sociedade capitalista.
Relações associativas: A associação social quando assume a forma de uma relação associativa, constituí uma corporação. Orientava que , quando as sociedades são submetidas a um planejamento prévio, isso poderia implicar em perda de liberdade.
A educação pressupõe uma associação entre os indivíduos.
Vê educação como um cultivo do saber, para racionalizar a burocracia, para despertar o carisma, educação e religião, universidade, ensino jurídico, educação militar, aprendizagem no trabalho e especialização profissional, entre outros temas.
A educação seria um fator de estratificação social, mas que seria um elemento importante por favorecer o êxito do indivíduo na seleção social. Constatou que determinadas formas de educação tende a criar profissões qualificadas, pois qualquer atividade que não contribuísse para a realização de objetivos pretendidos, será descartada como inútil, segundo FERREIRA (1995).
Dizia que a educação para o cultivo do saber, a educação racional para a burocracia e a educação carismática contribuiriam para que os indivíduos desempenhassem papéis sociais diferenciados.
Pierre Bourdieu (1930-2002)
Sociólogo francês. Em Durkhein, mistura outras correntes de intelectuais, para demonstrar à ação do sistema sobre práticas educacionais, por aí desenvolvendo criticas ao à instituição escolar, quando que a escola é totalmente dependente em relação à sociedade em que esta inserida, e que esta ao invés de democratizar, reproduz as diferenças sociais, assim perpetuando o status da burguesia, logo à escola é discriminadora e repressiva, pois reproduz os privilégios existentes na sociedade, beneficiando os alunos socialmente favorecidos.
Bourdieu, também enfatiza que trata-se de uma ilusão a chamada autonomia escolar, pois essa é marcada pelo sistema social em que esta inserida.
Criou o conceito habitus, que seriam os hábitos inculcados desde a infância nas crianças, começando pela família e depois passando pela escola. Pois como a escola tende a reproduzir os hábitos das famílias privilegiadas, as crianças das classes populares, acabam quase sempre desorientadas, diante das diferenças entre suas famílias e escola que reproduz hábitos de famílias burguesas.
Antônio Gramsci (1891-1937)
Marxista. Critico do marxismo oficial, que segundo ele impedia a prática revolucionária, através da petrificação da teoria. Sugere a superação da escola reprodutora das estruturas sociais.
Segundo Gramsci, a escola burguesa, além de formar seus quadros intelectuais, não se constrange em cooptar as melhores cabeças das classes populares. Defende a ideia dos intelectuais das classes populares continuarem organicamente vinculados à sua classe. Democratização concreta do saber e da cultura.
Cria os conceitos de hegemonia, que aconteceria, quando seus intelectuais elaboram um sistema convincente de ideias, essa classe pode exercer também a dominação pelo consenso, pela persuasão.
Contra-hegemonia: cabe ao intelectual orgânico das classes populares, elaborar critica e e coerentemente, a experiência proletária com a classe dominada.
A escola é o espaço onde o intelectual é formado.
Defende uma escola unitária, para superar a dicotomia entre trabalho intelectual e trabalho manual, ou entre cultura erudita e cultura popular.
Karl Mannheim (1893-1947)
Sociólogo alemão, social-democrata. Discípulo de Max Weber. Foi um dos primeiros teóricos da sociologia da educação. O homem é modelado pela sociedade em que vive.
As classes não educadas e não informadas, significariam um perigo bem maior para a manutenção da ordem democrática.
A educação, seriam técnicas para influir na conduta humana e como meio de conduta social, à fim de recuperar os ideais democráticos, à sua época, democracia essa fustigada pelo nazismo, pelos socialismo ou pelo comunismo. Para ele, os jovens através da sociologia, podiam serem impedidos de servirem de massa de manobra na mão de governantes.
Herbet Spencer (1820-1903)
Filósofo e sociólogo, com Darwin, foi responsável pela teoria da evolução, que defendiam a ideia da sobrevivência do mais apto.
A Teoria da evolução aplica-se também às condições de evolução social. Através da evolução, as sociedades desenvolvem estruturas especializadas, para representar função especializadas.
Sua concepção educacional fundamenta-se no contexto da ciência, dado que produziu muitas teorias científicas.
Destaca a importância da observação dos fatos e não a abstração e o ensino de princípios para a construção do conhecimento. Critica à ordem de ensino de conhecimento, no ensino tradicional, que parte de generalizações, de abstrações e não de vivência do educando.
Segundo MENDONÇA (2013), criou sete princípios dirigentes da educação intelectual:
O primeiro, estabelece que a educação, deve partir do simples para o complexo;
O segundo: diz respeito ao desenvolvimento do espírito, quando caminha-se do indefinido para o definido;
Terceiro: pode ser uma continuidade do primeiro, quando Spencer, diz que as lições devem começar pelo concreto e terminar no abstrato;
No quarto, enfatiza a importância social, no fortalecimento da civilização. Sugere a harmonização da educação das crianças;
O quinto princípio enfatiza o caminho nos diversos campos do conhecimento, ou seja do empírico para o racional.
No sexto princípio, diz que a criança deve ser a própria criança deve ser a construtora de seu conhecimento;
No sétimo preocupa-se quanto à aceitação por parte do alunos, quanto ao conhecimento apresentado.
Fernando de Azevedo (1894-1974)
Marxista. Professor, sociólogo brasileiro. Pensava também que, as ideias que circulam numa sociedade são condicionadas pelo modo de produção.
Contribuiu, na reforma da educação brasileira, em O Manifesto dos pioneiros da educação nova (1932); na obra A Cultura Brasileira (1963) e escreveu Sociologia Educacional (1951). Participou do planejamento à fundação da Universidade de São Paulo.
A classe que dispõe dos meios de produção controla a divulgação do conhecimento.
Humanista, que segundo Nelson Piletti (1994), em suas palavras: “não esta na matéria que ensinamos (seja qual for, letras ou ciências) mas no ensino que nos anima no ensino de qualquer disciplina e na maneira de ensiná-la”.
Louis Althusser (1918-1990)
Filósofo marxista, materialista dialético, essa sendo uma posição filosófica que considera a matéria como única realidade. Estruturalista, isto é, por isso considerava a ciência, como produção do conhecimento. Chegou a propor uma teoria do processo de produção do conhecimento. Frente a perspectiva estruturalista, combateu o humanismo marxista e o marxismo-leninismo.
Aparelhos ideológicos do Estado: escola (sistema de diferentes escolas públicas e privadas), igreja (sistema de diferentes igrejas), familiar, jurídico, político (sistema polítoco, formado por diferentes partidos), sindical, informação (imprensa, rádio, televisão, etc), cultural (Letras, Belas-artes, desportos, etc). Aparelhos ideológicos esses, que tem a função de disseminar uma determinada ideologia, a da classe dominante, a fim de assegurar seu status quo, e que esses aparelhos funcionam pela violência, mesmo quando de forma não física.

Diferentes abordagens quanto a deficiência mental.

Deficiência mental no passado
Era considerada uma doença – a oligofrenia - , por esse viés o atraso mental caracterizava-se como:
  • limitação nas aquisições dos conhecimentos escolares, sociais e da vida diária;
  • ritmo mais lento de desenvolvimento cognitivo;
  • incapacidade, de aquisição das funções mentais superiores.
Enfoque psicométrico
Pretendia a seu tempo, medir a capacidade geral , ou às aptidões especificas através dos conceitos de idade mental e do quociente de inteligência.
Na psicometria, as qualidades dos atributos intelectuais eram imutáveis e seria possível a mensuração exata desses atributos.
Mas os testes são uma amostragem de resultados não conseguidos pelos indivíduos, mas não discutem características e mecanismos do psiquismo do sujeito, e não expõem suas necessidades, processos e recursos necessários à aprendizagem dos sujeitos com essa deficiência.
A DM, no enfoque psicométrico, refere-se ao insucesso do sujeito nas respostas à testes, sendo que por aí, os indivíduos não apresentariam aptidões de abstração e generalização, o pode ter levado os sujeitos à serem isolados e tratados em classes e escolas especiais.

Concepção evolutiva
Ênfase da maturação orgânica, que se daria em ritmo lento, mas contínuo, mas esse enfoque não reconhece o desenvolvimento incompleto na deficiência mental.

Abordagem comportamental
A DM, é considerada como conduta atrasada, através da investigação e tratamento dos aspectos observáveis dos baixos rendimentos dos indivíduos. Mas por esse enfoque a conduta do indivíduo pode ser modificada pelo professor, por discutir a história genética e adaptativa do DM.

Vertente construtivista
Pelas contribuições de Vygotsky e Piaget, entre outros, é a vertente mais aceita nas últimas décadas.
Enfoque piagetiano
Implicações pedagógicas da Epistemologia Genética
      1. Favorece a adaptação curricular as características próprias do portador de DM;
      2. Catalisação da oscilação patológica (?), através de situações-problema, para ensejar o progresso cognitivo.
Abordagem vygotskyana

 Nessa abordagem, segundo as pesquisadoras, o ensino – mediado – promoveria um aprimoramento da performance cognitiva do sujeito DM, através da fomentação de habilidades metacognitivas de auto-controle e auto-regulação de suas ações.  

Reflexões sobre Deficiência Mental

  • Que reflexões fazem os autores do texto complementar (Deficiência Mental: o que dizem os manuais diagnósticos?) no item “Possíveis leituras dos manuais diagnósticos e seus efeitos na escolarização”?
  • Os autores fazem uma critica quanto ao diagnósticos classificatórios na modernidade, quando esses determinariam as possibilidades da existência dos sujeitos, tentam uma previsibilidade, quando por exemplo, o discurso é: “suas qualidades acadêmicas provavelmente não progredirão além do nível da segunda série.”
    Esta suposta previsibilidade pode permitir explicações simples, lineares, causais, reducionistas: “...não aprende por que é deficiente mental...”
    Na escola, a objetividade, previsibilidade, controlabilidade de relações, são comuns, isto é, existe uma necessidade diagnóstica e classificatória, buscam-se diferentes categorizações, explicações sobre o modo de ser do sujeito, mas com esse já classificado, como inteligente, adaptado, socializado, etc: representações homogêneas, que impedem percepções sobre as especifidades dos sujeitos, assim impedindo também a construção de experiências singulares. Essas descrições de comportamento, constrói e delimita práticas, pressupondo um aluno reduzido a um quadro de manifestações comportamentais (um sujeito fantasma), por desconsiderar a participação concreta deste do aprender de si mesmo.
    Problematizam os autores e reconhecem o uso dos diagnósticos na construção das práticas pedagógicas, impulsionados pelas contribuições psicométricas, que podem determinar a organização dos serviços de educação especial, principalmente ao encaminhamento de crianças com histórico de fracasso escolar, para classes e escolas especiais.

  • Quais estratégias pedagógicas poderiam ser pensadas para o trabalho pedagógico com alunos com deficiência intelectual?
    Proporcionar as crianças um ensino individualizado e adequado às suas necessidades;
    Não utilizar-se de métodos expositivos, mas através de interações;
    Utilizar-se de processos hierarquizados (ordenação), sistemáticos (organizados) e intensivos de aprendizagem;
    Não deve ser usada apenas a palavra como recurso, devem ser utilizados projetos, gravadores, jogos, fichas de trabalho e estratégias educacionais, como puzzles (quebra-cabeça), materiais de composição e de construção, exploração de materiais de aprendizagem, cartões e fichas coloridas, quadros magnéticos, lotos e dominós simbólicos, blocos lógicos e discriminativos, etc.
      Para memorização de séries de palavras podem ser ser empregados cartões com figuras.(VYGOTSKY e LURIA).  

Causas da deficiência intelectual



Prováveis causas da deficiência intelectual
Fatores pré-natais
São aqueles fatores causais determinantes
ou predisponentes que ocorrem antes e/ou durante a gravidez na mulher.
Fatores pré-concepcionais:
1 – Sócio-econômicos.
2 – Biológicos.
Fatores congênitos:
1 – Aberrações cromossômicas;
2 – Alterações gênicas;
3 – Mal formações cerebrais.
Fatores da gravidez:
1 – Infecções intra-uterinas:
2 – Drogas teratógenas: medicamentos e agrotóxicos.
3 – Outras condições: Radiações, traumatismos, Má nutrição materna.
Fatores perinatais ou neo-natal
São aqueles que compreende do nascimento até os 28 dias de idade.

I – Anóxia: privação total de oxigênio na célula.
II – Hipóxia: diminuição acentuada do oxigênio na célula.
II – Prematuridade: o bebê que tem idade gestacional de menos de 37 semanas.
III – Hiperbilirrubinemias: aumento dos níveis de bilirrubina no sangue, produzindo icterícia (má funcionamento do sistema biliar). Ainda a incompatibilidade Rh, infecções, hipotireoidismo, entre outras.
Fatores pós-natais
I – Infecções no sistema nervoso: meningite.
II – Outras condições:
2.1 - Intoxicações exógenas:
Provocadas por chumbo e óxidos de carbono.
2.2 – Traumatismos cranianos:
Relacionados a acidentes domésticos ou de trânsito ou agressão pelos adultos. Sendo mais graves aquelas sequelas na área psicológica, quando resultante de agressões por parte dos pais e familiares mais próximos.
2.3 – Subnutrição e privação sócio-econômicas (ambientais):
Provêm de famílias de baixo nível cultural ou sócio-econômico.

DO SUJEITO ILUMINISMO PARA O PÓS-MODERNO (HAAL, 2000)

O primeiro avanço
Refere-se às tradições de pensamento marxista, quando esse pensava que os homens fariam sua história, mas segundo condições que lhes fossem oportunizadas, ideia discordada por alguns estudiosos, que defendiam que os indivíduos não poderiam ser o agente de sua própria história, uma vez que dependeriam de outros, utilizando-se de materiais e culturas de outras gerações.

O segundo descentramento
Estaria em Freud, na descoberta do inconsciente, que segundo sua teoria nossa identidade, sexualidade e nosso desejos seriam constituídas com base em processos psíquicos e simbólicos do inconsciente, que este funcionaria com uma lógica diferente da lógica da Razão.

O terceiro descentramento
Em Saussure, quando discorre que nós não somos os autores das afirmações que fazemos, mas que através da língua produzimos significados através das regras da língua e de nossa cultura.

O quarto descentramento
Em Foucalt, a vigilância estaria em disciplinar as populações modernas, através de oficinas, quartéis, escolas, prisões, hospitais...
Para Foucalt, o objetivo dessa vigilância, é de manter a vida, as atividades, o trabalho e o lazer dos indivíduos sob uma disciplina.

O quinto avanço

 O feminismo como uma critica social, quando esse construiu uma ampla contestação política, politizou a subjetividade, a identidade como um processo de identificação...

ENTREVISTA ABERTA SOBRE CAMPANHA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA.

Imagine um “entrevistado virtual” a quem você exibe o vídeo localizado em
Elabore uma entrevista utilizando o roteiro disponível no ambiente.

ENTREVISTA ABERTA SOBRE CAMPANHA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA.
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
  • NOME: Maria de Jesus
  • DATA DE NASCIMENTO: 28 de outubro de 1960.
  • FORMAÇÃO PROFISSIONAL: Professora do Ensino Básico.
TEMA: Vídeo campanha da pessoa com deficiência.
ENTREVISTA

  • Quais os tipos de pessoas com deficiências você observou no vídeo?
  • O que você observou quanto à espaços, meios, aparatos destinados às pessoas ditas normais?
  • Caso não existissem aparatos de acessibilidade, que garantissem seu acesso à ambientes que costuma frequentar, qual poderia ser sua reação?
  • Diante de tal situação quais seriam suas propostas, para sua inclusão no cenário proposto, como por exemplo no caso da rampa, que em dia de chuva fica escorregadia?
  • De acordo com o vídeo, como você reagiria numa biblioteca com livros escritos somente em Braille?
  • Como você pensa que reagiria, quando atendida em um estabelecimento público, se os atendentes fossem pessoas surdo-mudas?
  • O que você faria para garantir o direito das pessoas ditas normais?

domingo, 12 de outubro de 2014

Sobre o multiculturalismo

O multiculturalismo falseia na busca por levantar bandeiras contra a homogenização, quando tenta tratar todas as culturas por um padrão universal, considerando as diferenças como identidades fechadas (indígenas, afro-descentes, surdos, etc), assim, excluindo possibilidades de produção de identidades plurais, por esse viés pode tornar-se conservador.
O paradoxo entre o multiculturalismo e diferença, pode significar apenas à criação ou o incremento de políticas, quando os indivíduos (os outros), são meramente, incorporados, convocados para serem consumidos e/ou consumirem, e o tipo de violência imposta a esses outros, para que vivam essa ilusão de aceitos, pode ser exemplificada “do andar na moda”. O diferente é aceito quando é normalizado, ou quando pode ser incluído através de políticas.    

Metodologia científica: Exploração de temas

TEMAS
  1. Conhecimentos prévios dos alunos surdos fluentes em libras referentes à linguagem algébrica no Ensino Médio.
  2. Contribuições da neurociências para a educação matemática de uma pessoa com necessidades educativas especiais intelectivas.
  3. Ensino Médio da cidade de João Pessoa com Deficiência Visual sobre as Grafias Química e Matemática Braille.
  4. Os alunos surdos e a matemática: Um projeto de intervenção em Geometria.
  5. Do giro ao ângulo: uma experiência com alunos surdos bilíngues.
  6. Ensino de geometria para alunos para alunos com deficiência visual: Análise de uma proposta de ensino envolvendo o uso de materiais manipulativos e a expressão oral e escrita.
  7. O aluno surdo, um cidadão bilíngue: Um olhar para a aprendizagem da geometria.
  8. O ensino de matemática na educação inclusiva de alunos que participam de uma sala de recursos multifuncionais.
  9. A visualização no ensino de matemática: Uma experiência com alunos surdos.
  10. A atuação do professor de matemática frente a uma sala de aula inclusiva com alunos cegos.
PALAVRAS RECORRENTES

 Matemática, surdos, intervenção, estratégias, dificuldades.

Entrevista científica

Entrevistas cientificas

Orientações de Bourdieu (1999), para a realização de entrevistas científicas.
Segundo Pierre Bourdieu, o pesquisador pode seguir qualquer método, desde que aplicados com rigor, assim o autor aconselha:
  • escolher pessoas conhecidas;
  • o pesquisador deve falar a mesma língua do pesquisa, com relação à níveis culturais, com a finalidade de diminuir a violência simbólica, que pode ser realizada através dele mesmo;
  • o próprio pesquisador deve efetuar a tarefa e não valer-se de pesquisadores ocasionais, nas palavras de Bourdieu;
  • o entrevistador deve demonstrar ao entrevistado que esta entendendo o dito, enviando sinais de estímulo, de agradecimento de incentivo, através de gestos, olhares, etc, nesse sentido;
  • o pesquisador deve intervir o mínimo possível, para evitar que o entrevistado perca o foco do assunto abordado;
  • observa o autor, que o pesquisado deve sentir-se à vontade para falar de sua vida e de seus problemas, sendo que dessa forma, pode-se obter respostas inesperadas, pois o entrevistador estará convivendo com sentimentos, fragilidades pessoais do entrevistado
  • quanto ao relatório de pesquisa, esse deve situar o entrevistado com relação ao espaço e condição social em que vive o sujeito, e ter o cuidado de que se faça entender quando seu trabalho foi lido por alguém;
  • Importante que o pesquisador, saiba “ler” pelas entrelinhas o que o entrevistado fala, pois esse pode tentar passar uma imagem diferente dele mesmo e das circunstâncias do meio em que vive;
  • a presença de um gravador nem sempre pode ser positiva, pois pode causar constrangimento àquele que esta sendo entrevistado, podendo esse ainda assumir um papel diferente, tentando agradar o entrevistador;
  • o informante deve ficar a vontade, para que intento da pesquisa seja mais eficaz;
  • o entrevistador deve dominar o tema da pesquisa e seguir com firmeza o roteiro preparado para a tarefa, deve buscar fazer perguntas claras, à fim de evitar dúvidas quanto aos questionamentos que venha a fazer, assim pode proporcionar ao entrevistado que esse responda também com clareza às questões
  • para Bourdieu (1999), o pesquisador deve procurar ser o mais fidedigno quando transcrever, as falas do entrevistado, uma vez que esse o entrevistado pode estar exprimindo sentimentos
  • o autor orienta que a transcrição da entrevista seja feita pelo próprio pesquisador, pois esse é quem pode se colocar no lugar do outro, uma vez que o ponto de vista do outro, também lhe diz respeito.