Sinteticamente
discorremos sobre as discordâncias de Carl Jung, Alfred Adler e
Karen Horney, quanto a Teoria da psicanálise de Sigmundo Freud, e
suas possíveis contribuições à educação.
Observou-se
que para os autores anteriormente elencados, que esses diferiam de
Freud quanto ao caráter psicossexual que esse defendia, resguardando
que o aparelho psíquico também constituía-se pelas experiências
de vida dos indivíduos.
Jung
(1875-1961), passou a divergir de Freud, quanto ao papel do libido à
personalidade dos sujeitos, que limitava o sexo em suas teorias,
quando em 1912 escrevia o livro A Psicologia do Inconsciente,
sustentando que o libido seria uma energia vital em um ser, sendo o
sexo uma de suas variáveis, em um período da vida de um indivíduo.
Jung,
ainda discordava de Freud quando defendia que somos forjados por
nossas expectativas, objetivos futuros e que os indivíduos não
seriam reféns de sua vida inicial, pois os comportamentos humanos
transformavam-se durante à existência dos homens, quando Freud
defendia que os sujeitos eram “prisioneiros” de acontecimentos da
infância.
Adler
(1870-1937), também como Jung, passa a discordar de Freud, quanto à
formação da personalidade, postulando que a conduta neurótica,
pode ser o excesso da valorização do sentimento de inferioridade.
Nomeou
suas praticas em psicanalise de psicologia individual, voltada para
aspectos sociais, como esses sendo a causa do comportamento humano e
não somente por questões biológicas do aparelho humano. Dizia que
para entender a personalidade de uma pessoa, deveriam ser
consideradas as relações sociais e o modo de vida dos sujeitos, e
que esse interesse social desenvolvido na infância, poderia ser um
meio de conseguir conquistas pessoais e sociais.
Valorizava
como Freud os anos iniciais de vida dos indivíduos, mas discordava
quanto a ênfase dada por Sigmund Freud, quanto a valorização dos
aspectos biológicos sobre aspectos sociais, e que o sexo não
determinava a personalidade dos sujeitos, e defendia Adler que os
sentimentos de inferioridade é que impeliam os indivíduos em
avanços comportamentais.
Para
Adler a família, seria responsável pelo desenvolvimento das
crianças com deficiências, que necessitariam de muita compreensão
e compensações para transformarem suas necessidades em forças.
Mas
Adler, pontuava que crianças podiam tornarem-se egocêntricas, que
não desenvolveriam interesse pelo seu meio social, esperando que os
outros cedam aos seus desejos quando estimuladas em demasia pelos
pais. Alertava que essas também poderiam2
voltar-se à sociedade, na forma de vingança quando por falta de
cuidados e desatenção pela família. Segundo Alfred Adler, as
pessoas podem determinar seu futuro, através de seu – self
criativo -, não dependendo assim de experiências passadas. Também
defendeu que a ordem de nascimento das crianças atuariam em suas
personalidades, ou seja que essa ordem poderia resultar em diferentes
personalidades.
Karen
Horney (1885-1952), também discordava de Freud quanto à que forças
biológicas, que fatores sexuais, que a libido fossem determinantes
na formação da estrutura da da personalidade dos indivíduos, mas
aceitava em Freud, à motivação inconsciente, isto é, que os
motivos emocionais não racionais, poderiam influenciar na
personalidade dos indivíduos.
Horney,
não concordava com Freud, quanto às motivações que mulheres
nutrissem fossem em função da inveja do pênis, contrariamente
afirmava que homens motivavam-se pela inveja do útero, que os não
capacitavam à geração de filhos, e por isso, depreciavam e
diminuíam às mulheres, assim negando ao sexo oposto direitos iguais
e oportunidades de participação na sociedade.
De
sua vida de criança, pode ter construído sua teoria, de que a
ansiedade ou necessidade básica, geram insegurança nas crianças,
como por exemplo: dominações, indiferenças, comportamentos
imprevisíveis, desrespeito às suas necessidades básicas entre
outas podem afetar crianças que passam por essas experiências,
acarretando ansiedades.
Contrariamente
à Freud, que defendia os instintos, como forças motivadoras, Karen
Horney, defendia que o comportamento das pessoas era motivado pela
necessidade de segurança, de proteção e da libertação do medo,
como acontece com os bebês.
Dava
atenção ao comportamento dos pais, quanto à criança em
crescimento, e que tudo dependia de fatores ambientais, sociais e
culturais das famílias e não em fatores biológicos como pensava
Freud.
Horney
postulou que o indivíduo para encontrar soluções à seus
problemas, desenvolve necessidades neuróticas – comportamento fixo
da personalidade – como por exemplo: necessidade neurótica de
afeto ou aprovação, de um parceiro, de círculos estreitos de vida,
de poder, de explorar os outros, de prestígio, de ambição, e
outros, elencados por Horney, como sendo dez necessidades neuróticas
humanas.
Bibliografia
UNIVERSIDADE
FEDERA DE SANTA MARIA. Psicologia da Educação II.
Pró-Reitoria de Graduação. Centro de Educação. Curso de
Graduação a Distância de Educação Especial. Santa Maria, RS,
2005.
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