domingo, 28 de setembro de 2014

DISSIDENTES DA TEORIA PSICANALIÍCA DE SIGMUNDO FREUD

Sinteticamente discorremos sobre as discordâncias de Carl Jung, Alfred Adler e Karen Horney, quanto a Teoria da psicanálise de Sigmundo Freud, e suas possíveis contribuições à educação.
Observou-se que para os autores anteriormente elencados, que esses diferiam de Freud quanto ao caráter psicossexual que esse defendia, resguardando que o aparelho psíquico também constituía-se pelas experiências de vida dos indivíduos.
Jung (1875-1961), passou a divergir de Freud, quanto ao papel do libido à personalidade dos sujeitos, que limitava o sexo em suas teorias, quando em 1912 escrevia o livro A Psicologia do Inconsciente, sustentando que o libido seria uma energia vital em um ser, sendo o sexo uma de suas variáveis, em um período da vida de um indivíduo.
Jung, ainda discordava de Freud quando defendia que somos forjados por nossas expectativas, objetivos futuros e que os indivíduos não seriam reféns de sua vida inicial, pois os comportamentos humanos transformavam-se durante à existência dos homens, quando Freud defendia que os sujeitos eram “prisioneiros” de acontecimentos da infância.
Adler (1870-1937), também como Jung, passa a discordar de Freud, quanto à formação da personalidade, postulando que a conduta neurótica, pode ser o excesso da valorização do sentimento de inferioridade.
Nomeou suas praticas em psicanalise de psicologia individual, voltada para aspectos sociais, como esses sendo a causa do comportamento humano e não somente por questões biológicas do aparelho humano. Dizia que para entender a personalidade de uma pessoa, deveriam ser consideradas as relações sociais e o modo de vida dos sujeitos, e que esse interesse social desenvolvido na infância, poderia ser um meio de conseguir conquistas pessoais e sociais.
Valorizava como Freud os anos iniciais de vida dos indivíduos, mas discordava quanto a ênfase dada por Sigmund Freud, quanto a valorização dos aspectos biológicos sobre aspectos sociais, e que o sexo não determinava a personalidade dos sujeitos, e defendia Adler que os sentimentos de inferioridade é que impeliam os indivíduos em avanços comportamentais.
Para Adler a família, seria responsável pelo desenvolvimento das crianças com deficiências, que necessitariam de muita compreensão e compensações para transformarem suas necessidades em forças.
Mas Adler, pontuava que crianças podiam tornarem-se egocêntricas, que não desenvolveriam interesse pelo seu meio social, esperando que os outros cedam aos seus desejos quando estimuladas em demasia pelos pais. Alertava que essas também poderiam2 voltar-se à sociedade, na forma de vingança quando por falta de cuidados e desatenção pela família. Segundo Alfred Adler, as pessoas podem determinar seu futuro, através de seu – self criativo -, não dependendo assim de experiências passadas. Também defendeu que a ordem de nascimento das crianças atuariam em suas personalidades, ou seja que essa ordem poderia resultar em diferentes personalidades.
Karen Horney (1885-1952), também discordava de Freud quanto à que forças biológicas, que fatores sexuais, que a libido fossem determinantes na formação da estrutura da da personalidade dos indivíduos, mas aceitava em Freud, à motivação inconsciente, isto é, que os motivos emocionais não racionais, poderiam influenciar na personalidade dos indivíduos.
Horney, não concordava com Freud, quanto às motivações que mulheres nutrissem fossem em função da inveja do pênis, contrariamente afirmava que homens motivavam-se pela inveja do útero, que os não capacitavam à geração de filhos, e por isso, depreciavam e diminuíam às mulheres, assim negando ao sexo oposto direitos iguais e oportunidades de participação na sociedade.
De sua vida de criança, pode ter construído sua teoria, de que a ansiedade ou necessidade básica, geram insegurança nas crianças, como por exemplo: dominações, indiferenças, comportamentos imprevisíveis, desrespeito às suas necessidades básicas entre outas podem afetar crianças que passam por essas experiências, acarretando ansiedades.
Contrariamente à Freud, que defendia os instintos, como forças motivadoras, Karen Horney, defendia que o comportamento das pessoas era motivado pela necessidade de segurança, de proteção e da libertação do medo, como acontece com os bebês.
Dava atenção ao comportamento dos pais, quanto à criança em crescimento, e que tudo dependia de fatores ambientais, sociais e culturais das famílias e não em fatores biológicos como pensava Freud.
Horney postulou que o indivíduo para encontrar soluções à seus problemas, desenvolve necessidades neuróticas – comportamento fixo da personalidade – como por exemplo: necessidade neurótica de afeto ou aprovação, de um parceiro, de círculos estreitos de vida, de poder, de explorar os outros, de prestígio, de ambição, e outros, elencados por Horney, como sendo dez necessidades neuróticas humanas.

Bibliografia

 UNIVERSIDADE FEDERA DE SANTA MARIA. Psicologia da Educação II. Pró-Reitoria de Graduação. Centro de Educação. Curso de Graduação a Distância de Educação Especial. Santa Maria, RS, 2005.

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