domingo, 12 de julho de 2015

Resenha: Outros domínios pedagógicos: a mídia ensinando sob a mesmidade e a alteridade.

Artigo científico: Outros domínios pedagógicos: a mídia ensinando sob a mesmidade e a
alteridade. Rev. Educ. Espec., Santa Maria, v. 23, n. 37, p. 207-216, mai/ago. 2010.
Autoras: Machado, F.C.; Lazzarin, M.L.L.

          O artigo “Outros domínios pedagógicos: a mídia ensinando sobre a mesmidade e a alteridade”, toma as falas da publicidade no sentido pedagógico, isto é, quando essa pode influir na reprodução daquelas situações, em que não ocorrem alterações no cotidiano das pessoas, (mesmidade), e da alteridade, que nega à identidade (diferença) dos sujeitos.
         Dessa forma, entendemos que o discurso da mídia publicidade, procura tornar todos os sujeitos comuns, no sentido de homogenizá-los, de negar-lhes suas identidades, mas que segunda as autoras, vai além disso: “...muito mais que persuadir, criam realidades”.
          O presente texto, traz ao debate à mídia de uma instituição, que atende pessoas com deficiências, quando veicula a situação de um menino com deficiências motoras, que por conta desses problemas, não consegue subir em uma escada para pegar um livro, quando solicita ajuda de uma menina, pressupondo-se que o garoto, admiraria as formas femininas da menina.
          Nossa interpretação, remete-nos à problemática, quando pode sugerir, que o menino, ao admirar a garota seria igual aos outros garotos, dessa forma, negando sua identidade de deficiente físico, como se somente os ditos garotos normais teriam esse “direito”, não seriam capazes disso, deduzimos então que o comercial, poderia estar veladamente fazendo o jogo da discriminação.
         O vídeo propaganda, assim poderia estar reproduzindo que o menino, para ser considerado normal, deveria agir como os outros garotos, em nosso entendimento reproduzindo o que a sociedade moderna denomina de machismo; desta maneira a criança deficiente, poderia ser aceita socialmente, pois estaria agindo dentro do campo do dito politicamente correto, como mencionado no presente trabalho das professoras Machado & Lazzarin (2010).
         Ainda com relação à mídia, para que o menino, fosse incluído como igual à sociedade, essa poderia no caso da biblioteca de uma instituição, oferecer alternativas para que pessoas com deficiências, tivessem acesso aos materiais que buscava: acessibilidade.
         Concluindo, a propaganda veiculada, culturalmente pode estar orientando, o papel do homem e da mulher na sociedade moderna, do ponto de vista das diferenças, algo como homem deve agir assim...”, portanto o comercial, pode estar tentando conduzir os sujeitos a lógica racional, isto é, desqualifica a identidade do menino, enquanto portador de uma necessidade especial, para dessa forma “trazer o outro para perto”: tolerância.

Nenhum comentário:

Postar um comentário