segunda-feira, 13 de julho de 2015

Funções psicológicas superiores


Henry Waloon (1879 – 1962): O psicólogo da infância

     Preocupou-se em saber como um recém nascido transforma-se em adulto, atribuindo o papel importante com relação às emoções, nesse processo, elaborando assim a Teoria Psicogenética.
     Em suas obras tratou da afetividade e inteligência, através da observação, da experimentação.
     Filósofo, contrapondo-se quanto a ideia que a criança seria uma redução do adulto, quando em 1925, descreveu minuciosamente casa fase da passagem da criança à fase adulta.
     Criticou a psicologia idealista quando essa refletia somente a vida psíquica interior dos sujeitos desconhecendo os fatores externos ao indivíduo.
     Pelo materialismo dialético, elaborou uma teoria do desenvolvimento da personalidade, quando essa pensava no homem como um ser que seria biológico e social.
     Para Wallon, o indivíduo deve ser estudado quanto a sua afetividade, motricidade e inteligência, assim para compreender o desenvolvimento das crianças, deve-se recorrer não somente à psicologia genética, mas também buscar respostas em outras áreas do conhecimento quanto a vida social e biológica dos indivíduos.
     Para (BASSO, apud GALVÃO 2000)1: “Wallon argumenta que as trocas relacionais da criança com os outros são fundamentais para o desenvolvimento da pessoa.”
     Segundo a autora em GALVÃO: no primeiro ano de vida, a criança reage com o meio pela afetividade;
de um a três anos, ocorrem atividades de investigação, exploração e conhecimento do mundo social e físico;
dos três aos seis anos, a criança através da imitação inteligente, constrói diferentes significados à própria ação; a criança para diferenciar-se dos outros coloca-se em oposição a esses;
aos seis anos, avança na inteligência, volta-se a questões pessoais, morais pelo predomínio da afetividade.

Refletindo sobre assimilação e acomodação:

     Quando apresentado algo novo ao indivíduo, esse cognitivamente pode incorporar propriedades desse novo evento ou objeto, para gerar novos esquemas ao entendimento, sendo assim, não há de imediato uma apreensão daquilo que lhe foi apresentado, ou que o meio lhe proporcionou, o sujeito irá confrontar esses novos eventos ou objetos com os antigos, à fim de ou não de modificá-los, assim estará assimilando ou não, esses novos paradigmas. Caso o resultado dessa interação com o meio, possa modificá-lo cognitivamente com vistas à mudanças qualitativas, pode haver assimilação.
     Mas uma vez que, esse novo paradigma ou esquema, seja “aceito” cognitivamente pelo sujeito, pode haver uma transformação qualitativa, assim o indivíduo através de novos esquemas, acomoda esses novos eventos ou paradigmas, quando poderá ocorrer adaptação do sujeito, a essas novas situações, isto é, o indivíduo cognitivamente absorve o novo, abandonando posturas ou consensos anteriores.

Reflexões sobre os conceitos estudados por Piaget:

     Para Piaget, o conhecimento é algo adquirido a partir de vivências do sujeito sobre o objeto de conhecimento.
     A partir do conceito de epistemologia, que é o estudo critico do conhecimento científico. Piaget faz uma analogia, isto é, relaciona que a criança aprenderia como um cientista quando esse constrói seu conhecimento, ou desenvolve sua teoria, através da experimentação, de hipóteses, assim à criança construiria seu conhecimento através das vivências (experimentações), e de hipóteses.

Epistemologia genética de Piaget
     Considera toda estrutura orgânica do homem, que seria determinante para o conhecer, e que as estruturas mentais apareceriam como resultado da interação entre meio e sujeito.
Mas estas estruturas mentais, não seriam algo pronto, acabado, mas resultado de um estudo de como o conhecimento, estrutura-se, qual sua natureza e como evolui, cujo desenvolvimento depende das relações entre organismo e ambiente, isto é, que os processos cognitivos poderiam ocorrer de acordo com estimulações, ao organismo pelo ambiente.

     Logo para que isso ocorre-se, o sujeito deveria adaptar-se, orgânica e intelectualmente com fins à construção e organização de processos cognitivos, que o habilitariam à compreensão, ao agir, pensar: conhecer! 

Sistema Nervoso: Critérios funcionais


Consciência fonológica


Sistema Nervoso Segmentar


Sistema Nervoso Central (SNC)


domingo, 12 de julho de 2015

Resenha: Outros domínios pedagógicos: a mídia ensinando sob a mesmidade e a alteridade.

Artigo científico: Outros domínios pedagógicos: a mídia ensinando sob a mesmidade e a
alteridade. Rev. Educ. Espec., Santa Maria, v. 23, n. 37, p. 207-216, mai/ago. 2010.
Autoras: Machado, F.C.; Lazzarin, M.L.L.

          O artigo “Outros domínios pedagógicos: a mídia ensinando sobre a mesmidade e a alteridade”, toma as falas da publicidade no sentido pedagógico, isto é, quando essa pode influir na reprodução daquelas situações, em que não ocorrem alterações no cotidiano das pessoas, (mesmidade), e da alteridade, que nega à identidade (diferença) dos sujeitos.
         Dessa forma, entendemos que o discurso da mídia publicidade, procura tornar todos os sujeitos comuns, no sentido de homogenizá-los, de negar-lhes suas identidades, mas que segunda as autoras, vai além disso: “...muito mais que persuadir, criam realidades”.
          O presente texto, traz ao debate à mídia de uma instituição, que atende pessoas com deficiências, quando veicula a situação de um menino com deficiências motoras, que por conta desses problemas, não consegue subir em uma escada para pegar um livro, quando solicita ajuda de uma menina, pressupondo-se que o garoto, admiraria as formas femininas da menina.
          Nossa interpretação, remete-nos à problemática, quando pode sugerir, que o menino, ao admirar a garota seria igual aos outros garotos, dessa forma, negando sua identidade de deficiente físico, como se somente os ditos garotos normais teriam esse “direito”, não seriam capazes disso, deduzimos então que o comercial, poderia estar veladamente fazendo o jogo da discriminação.
         O vídeo propaganda, assim poderia estar reproduzindo que o menino, para ser considerado normal, deveria agir como os outros garotos, em nosso entendimento reproduzindo o que a sociedade moderna denomina de machismo; desta maneira a criança deficiente, poderia ser aceita socialmente, pois estaria agindo dentro do campo do dito politicamente correto, como mencionado no presente trabalho das professoras Machado & Lazzarin (2010).
         Ainda com relação à mídia, para que o menino, fosse incluído como igual à sociedade, essa poderia no caso da biblioteca de uma instituição, oferecer alternativas para que pessoas com deficiências, tivessem acesso aos materiais que buscava: acessibilidade.
         Concluindo, a propaganda veiculada, culturalmente pode estar orientando, o papel do homem e da mulher na sociedade moderna, do ponto de vista das diferenças, algo como homem deve agir assim...”, portanto o comercial, pode estar tentando conduzir os sujeitos a lógica racional, isto é, desqualifica a identidade do menino, enquanto portador de uma necessidade especial, para dessa forma “trazer o outro para perto”: tolerância.